Camila Queiroz e Klebber Toledo se conheceram nos bastidores da novela Êta Mundo Bom!, em 2016. Atualmente, a trama de Walcyr Carrasco está sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, o que traz boas memórias e recordações para o casal. E em entrevista ao jornal Extra, os pombinhos relembraram o início do namoro, a trajetória um pouco demorada do romance e, ainda, da quantidade de pessoas que torciam por eles nos bastidores do folhetim.

 

– Não foi o típico amor à primeira vista (risos). Curiosamente, minha primeira cena foi com Klebber, e já naquele dia gravamos uma cena de beijo. Era a segunda vez que nos víamos na vida. Antes, tinha sido no Criança Esperança, e eu ainda estava em Verdades Secretas. Nós nos apresentamos nos bastidores do programa e dissemos animados: Que bom que trabalharemos juntos!. Só fomos nos ver de novo no primeiro dia de gravação, em Teresópolis. Então, o nosso perceber aconteceu bem tarde, quase nos dois últimos meses da novela, entregou Camila.

 

– Tivemos vários cupidos, como a Dayse (Teixeira, caracterizadora). Ela maquiava Camila, que contava um pouco da vida para ela. Depois, Dayse me falava: Camila está solteira… Vocês deveriam se conhecer melhor…. Ela é muito nossa amiga, foi uma grande incentivadora. Camila e eu fomos nos encontrando, percebendo mais o outro, nos dando a chance de nos olhar além dos personagens. Quando tem que ser, é! E que bom que foi. Mas os amigos têm sim uma grande parcela de culpa, influenciaram com certeza, contou Klebber.

 

 Ela dizia: O Klebber… Klebber é um príncipe, não é?. E eu brincava. É? Não acho tudo isso (risos). Os amigos nos bastidores torciam muito para sermos um casal, completou a artista.

 

Pouco tempo após o fim das gravações, Camila e Klebber viajaram para Bariloche, na Argentina, e assumiram o relacionamento publicamente pela primeira vez.

 

– Tanto que essa viagem é aquela inesquecível, a que vamos contar para os nossos netos. Era início de namoro, rolava um frio na barriga… Vamos viajar juntos, como vai ser isso?. Era a primeira viagem, um querendo surpreender o outro… Foi a melhor, aproveitamos cada momento. […] Foi Klebber quem tomou a iniciativa, fez a corte, se fosse nas palavras de Romeu. Ele deve ter pensado: O quê? Essa menina vai ficar com o Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) na novela, então, vou é ficar com a Camila, brincou a atriz.

 

O casal ainda acredita que a novela é uma perfeita distração para esse período delicado que estamos vivendo.

 

– Ela é leve, divertida, entra no meio da tarde… Quando soube que ia ser reexibida, contei para minha avó, que festejou: Nossa, não acredito, eu amo Êta Mundo Bom!. Vai ser legal para todo mundo, porque vai ajudar a gente a ter um escape, um momentinho de alegria no dia. Foi o meu segundo trabalho. Como imaginava que Verdades Secretas não iria para o Vale a Pena Ver de Novo, esperava, então, o dia em que essa novela fosse escolhida. Que bom que não demorou muito, afirmou Camila.

 

– A mensagem é muito apropriada nesse momento: Tudo que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá. Quem souber enxergar as coisas boas dessa crise vai ver o que a gente está mostrando ali. Não importa o que aconteça na vida, a gente tem que encontrar caminhos para ser feliz, apontou o ator.

 

Camila também falou sobre o carinho dos fãs.

 

– Muitas vezes estávamos em um evento e vinham pessoas nos dizer que amavam aquela novela do cegonho.Toda vez que posto uma foto com Klebber, alguém comenta: Ah, ela gostou do cegonho, ou Ela ficou com cegonho (risos).

 

– Quando Mafalda rouba as roupas do Romeu… Saio pelado do rio, pego duas folhas para me tampar, e ela vê o cegonho. São várias vezes… Tem uma cena em que fico correndo nu em volta do carro. Outra em que fico pelado na frente de metade do elenco… Quanto mais sem graça eu ficava, mais o pessoal da equipe ria (risos). Ao mesmo tempo em que vou adorar rever, vou morrer de vergonha. A verdade é que temos grandes cenas, né, meu amor?, completou Klebber.

 

A artista aproveitou para rebater os comentários de que seu relacionamento seria perfeito.

 

– Perfeito onde, gente? Não existe modelo de casamento ideal. Tudo é uma construção. A gente aprende a ter paciência, dedicação, um tem que prestar atenção no outro… E amor não é tudo. Todo mundo tem problema. Temos que ter maturidade para encarar e disposição para estarmos juntos. Klebber não dorme com nada mal resolvido, ele resolve. Tem hora que a opinião diverge e temos que entrar num consenso. Mas brigamos poucas vezes, nem sei qual foi a última.

 

E Klebber comentou sobre a sua estratégia para evitar discussões.

 

 Antes de começar a virar briga, eu converso. Camila é canceriana, fica mais quietinha. Eu sou geminiano, o cara que diz não vai dar para ficar assim, vamos resolver.

 

E a afinidade dos pombinhos se dá por vários quesitos.

 

–  A nossa história se encaixa muito. Temos famílias parecidas, nossa caminhada até o mundo artístico também é similar. Somos do interior paulista [ele de Bom Jesus dos Perdões; ela de Ribeirão Preto], saímos de casa cedo, eu com 15 anos para tentar a carreira de jogador de vôlei, e Camila com 14, para modelar. Moramos sozinhos, viramos atores meio tarde. E nunca passou pela cabeça de nossas famílias que um dia estaríamos trabalhando como atores na Globo. Somos batalhadores, tudo foi conquistado com esforço. O que temos é uma harmonia.

 

– É engraçado as pessoas acharem que a gente é sério. Quando nos conhecem, veem que somos zoeiros, bagunceiros. A nossa família é assim, alto-astral. Para você ter uma ideia, quem abriu a pista de dança na festa do nosso casamento foram as nossas mães, completou Camila.

 

Apaixonada, a artista confessa que o fato de estarem 24 horas por dia juntos na quarentena não tem criado faíscas na relação.

 

– Não consigo pontuar defeito do Kleber… (pausa) Forçando um pouco a barra, talvez a hiperatividade dele, que é ligado no 220 volts vezes quatro e, às vezes, não consigo acompanhar o ritmo. Mas, sinceramente, não acho isso um problema. É apenas uma característica. E nisso ele é diferente de mim.

 

E ela é só elogios ao maridão.

 

 Nessa quarentena, ele tem sido muito parceiro. Divide as tarefas de casa, cozinha bem… Não vou fazer tanta propaganda, porque o bicho já é bonito, tem esse zóio claro, não posso ficar vendendo meu peixe (risos). Mas todo mundo precisava comer o que eu como. Klebber é muito criativo na cozinha, junta ingredientes que eu nunca sonhei em juntar. Ah, e ele é também um excelente dono de casa. Klebber levanta mais cedo, umas seis horas da manhã, e, antes do isolamento social, ia surfar. Eu preciso dormir bastante. Se for menos que o necessário, isso altera o meu humor. Já teve dia, na quarentena, de eu acordar com a casa brilhando e não precisar fazer nada. É um marido e tanto.

 

O artista também falou sobre a boa relação com a esposa.

 

 Somos opostos mesmo, mas isso não é uma questão. Sou de resolver agora, e Camila, podendo, é de deixar pra amanhã. Ela consegue sentar no sofá e ver TV, eu não. O curioso é que Camila era mais agitada antes. Agora, está mais serena, e percebi que no dia a dia, é mais doce do que eu pensava. Ela gosta de um momentinho de calma, parar um pouco, dar uma respirada. Eu já chego do trabalho, troco de roupa, vou malhar, fazer outra coisa. A calma dela é boa para mim, porque, como sou agitado, ela é meu freio. Camila é jovem com alma de velho (risos). Mas não é um defeito, é charminho. E, com o convívio diário, percebi que ela acorda inchadinha, o que a deixa ainda mais bonita.

 

Por fim, Camila entregou se o casal tem planos de engravidar neste período de isolamento social.

 

– A gente está feliz com família agora. Além do mais, minha irmã está morando com a gente, porque está estudando e trabalhando também. Acaba que temos uma filha mais nova (risos). E o bebê vai vir na hora que tiver que vir. Se ficar programando muito, nunca chega a hora certa. Vamos deixar acontecer.

 

Fonte: Estrelando