O aleitamento materno é capaz de reduzir em 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o 6º mês de vida.

Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é a melhor fonte de nutrição infantil, contém propriedades que protegem a criança de diversas doenças, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta. Tayra Souza, mãe do Luca, de 5 meses, confirma: “Graças à amamentação exclusiva, nunca precisamos ir para um hospital. O Luca nunca pegou uma gripe, nada. É a melhor coisa, o leite tem tudo o que ele precisa”.

Além disso, o aleitamento é defendido como uma forma de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê. A servidora pública, Karla Fleldkicher é mãe do Gael, de 4 meses, e acredita na amamentação exclusiva. “É gratificante amamentar e ver ele se desenvolvendo cada vez mais. Além da nutrição completa, tudo que ele precisa está nesse leite, além de tornar o nosso vínculo cada vez mais forte. É um alimento completo que ajuda em tudo”, contou.

Com tantas vantagens, o incentivo à amamentação é tema prioritário para o Ministério da Saúde, que lançou, nesta semana, a campanha anual com o tema “Amamentação. Incentive a família, alimente a vida”. A ação marca o início da Semana Mundial de Amamentação (SMAM), que ocorre na primeira semana de agosto em mais de 170 países. No Brasil, ela se estende até o dia 15 de agosto. Neste ano, reforça-se a importância do amparo de toda a rede de apoio da família às mulheres que estão amamentando.

“A amamentação é um programa que vem dentro do SUS há anos, tem uma política estabelecida. O que estamos fazendo é aumentar o volume, colocar a campanha em rede nacional. Estamos investindo quase R$ 3,5 milhões nessa campanha nos diferentes meios de comunicação”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Hospital Amigo da Criança 

Na cerimônia de lançamento, o ministro da Saúde anunciou a renovação da habilitação de 31 unidades hospitalares como Hospital Amigo da Criança. Outras oito unidades serão habilitadas pela primeira vez. “Estamos aumentando o número de hospitais amigos da criança e abrindo parceria com redes privadas para que façam salas de amamentação”, disse o ministro.

Com a medida, o Ministério da Saúde irá repassar um total de R$ 2 milhões ao ano para o custeio dessas unidades. Atualmente, o Brasil possui 317 hospitais Amigos da Criança e repassa, anualmente, mais de R$ 9 milhões para a iniciativa, que visa a reorganização das práticas hospitalares, para aumentar as taxas de amamentação na primeira hora de vida e aleitamento exclusivo na alta hospitalar.

O ministro informou também que está discutindo com estados e municípios novos critérios para repasse de recursos para a Atenção Básica e que um dos indicadores seria o tempo médio de amamentação nas cidades onde as equipes de saúde estão inseridas.

Fonte: Gov.br