Acusado de estelionato, Marcelo Pires Vieira, o Belo, falou pela primeira vez à Retratos da Vida sobre o episódio registrado na última terça-feira, na delegacia de Teresina, no Piauí. Além dele, outras sete pessoas também são acusadas de formação de quadrilha.
“Não faço pagamento de nada, não assino cheques. Tem um departamento financeiro na produtora (Sunshine produções) que também tem artistas como Latino, Zezé Di Camargo e Luciano, que é responsável pelos pagamentos. Mas tudo que envolve o meu nome tem sensacionalismo”, desabafou o cantor.
Segundo o delegado Ademar da Silva Canabrava, do 12º Distrito Policial de Teresina, a suspeita é de aplicação de um golpe na empresa Táxi Aéreo Poty. Eles teriam fretado quatro aeronaves de pequeno porte para fazer um show na cidade e pagaram com três cheques no valor de R$ 29 mil cada, totalizando R$ 87 mil. Mas, de acordo com o dono da empresa, Belo teria sustado os cheques antes do pagamento. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o cantor.
“Fui de jato, sim. Mas não contratei empresa nenhuma. Não assinei nada. Esse problema é da produtora. Se eles não pagaram, o que eu tenho com isso? Se o cheque fosse no meu nome e tivesse voltado, eu poderia alegar um momento difícil, mas não é isso. Eu não respondo por gestão comercial. Senão bato escanteio, corro e faço o gol. Eu saí de casa para fazer meu show e voltei”, acrescentou.
Segundo o cantor, ele só fica sabendo o quanto ganha depois das apresentações. “Eu não sei mesmo por quanto um show é vendido, se é por R$ 100, R$ 70 mil ou outro valor. Depois que a quantia é dividida, eu vejo o quanto sobrou para mim. Tem 36 pessoas no escritório”, justifica.
O cantor Belo também divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira:
O cantor MARCELO PIRES VIEIRA, nome artístico “BELO”, através de sua assessoria , vem a público, em razão das notícias publicadas sobre possível “golpe” aplicado pelo cantor na empresa de taxi aéreo Poty da Cidade de Terezina, esclarece que:
1 – O Artista jamais esteve envolvido diretamente em qualquer negociação envolvendo a contratação de empresa aérea para deslocamento, não tendo, inclusive, repassado nenhum cheque em seu nome;
2 – Outrossim, informa que, quem cuida de todos os preparativos do seu espetáculo, podendo exemplificar, desde o transporte, hospedagens, alimentação etc., é sua produção ;
3 – Que realmente o Cantor “BELO” deslocou-se em aeronaves da empresa de taxi aéreo Poty;
4 – É do conhecimento do Artista que o pagamento do deslocamento esta sendo realizado, sob a égide de uma confissão de divida;
5 – O cantor também lamenta as declarações e divulgações em razão da inexistência dos fatos, admitindo-se, única e exclusivamente, se existiu, um desacordo comercial.
Depto jurídico Peralta e Campos Advogados Associados
Fonte: Extra