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Em Teresina, onde estava passando o período de Carnaval, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, respondeu à decisão dos Estados Unidos em liberar seus atletas para virem ou não para as Olimpíadas do Rio de Janeiro e do Quênia em questionar a realização das Olimpíadas no Brasil por causa da epidemia de Zika e microcefalia, que o Brasil está fazendo uma grande mobilização para combater mosquito Aedes aegypti.

Segundo ele, o Governo Federal, junto com estados e municípios, está fazendo esforço para proteger não só os brasileiros mas também quem vem ao país para os jogos olímpicos.

Ele declarou que o período em que serão realizadas as Olimpíadas é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e chikungunya.

“Em 2015, agosto foi o mês com menor incidência de casos de dengue no país”, ressaltou.

Segundo Marcelo Castro, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas, com mais de 2.000 militares capacitados até o momento, e de 6.188 profissionais do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos 43 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades.

“A ação também conta com mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos 43 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. No Rio de Janeiro, já atuam 14,6 mil agentes comunitários de saúde e 2.267 agentes de combate a endemias. A orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões. Em 2015, foram enviados 100,1 mil quilos de larvicida para os estados brasileiros, além de 454 mil litros de adulticida. Para este ano, o Ministério da Saúde já adquiriu mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016”, adiantou Marcelo Castro.

Sobe para 112 os casos suspeitos

O número de casos de microcefalia supostamente relacionados com infecções por zika vírus subiu de 103 para 112 no Piauí. O aumento foi de 8,7% em apenas cinco dias. Os casos referem-se até o dia 7 de fevereiro e foram notificados em 42 municípios.
A Secretaria da Saúde do Piauí e o Ministério da Saúde investigaram 75 casos de microcefalia no Estado, de 25 de janeiro a 3 de fevereiro. Desses, 40 casos (53%) são residentes em Teresina e quatro (5%) pertenciam a outros estados (Maranhão e Paraíba).
Segundo o levantamento, 34 (45%) foram confirmados para microcefalia relacionada a processo infeccioso; 20 (27%) foram descartados; 21 (28%) permanecem em investigação;
A Secretaria Estadual de Saúde informou que a idade média da mãe é de 23 anos, variando de 14 a 42 anos, e que mais de metade (60%) teve parto normal. O perímetro cefálico(PC) médio é de 30 cm, variando de 22 a 33cm. A maioria – 66% dos casos – é de recém-nascidos do sexo feminino.

Os municípios que notificaram os 112 casos de microcefalia foram Teresina (52 casos), Parnaíba (9), José de Freitas (3) Altos, Esperantina, Porto, Murici dos Portelas, Demerval Lobão, Beneditinos, Barras, Cristino Castro, João Costa, 2 casos cada município
Cocal, São Félix, Ribeiro Gonçalves, Luís Correia, Guaribas, União, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes, Campo Maior, Oeiras, São Pedro, Barro Duro, Batalha, Castelo, Curralinhos, Guadalupe, Jurema, Simões, Paes Landim, Floriano, Piripiri, Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora dos Remédios, Picos, São João do Piauí, São João da Serra, Luzilândia, Palmeirais, Betânia e Fatura têm um caso cada município.

Fonte: Meio Norte