Central de Transplantes inicia campanha “Setembro Verde” em alusão à doação de órgãos
A Central Estadual de Transplantes do Piauí iniciou, nesta segunda-feira (13), a 20ª Campanha Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes: DOE ÓRGÃOS, DOE VIDA! O objetivo é enfatizar a importância da doação de órgãos e tecidos para transplantes no Piauí, que ainda é muito baixa.
“Estaremos realizando ações de 13 de setembro até o final do mês nos hospitais e promovendo eventos esportivos para chamar atenção da população da necessidade de falar para sua família que pretende ser doador de órgãos”, explica a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Piauí, Lourdes Veras.
Atualmente no Piauí 407 pessoas esperam por uma doação de córnea e 313 estão na fila de espera por um rim. “Infelizmente ainda estamos com uma fila de espera muito alta e devido a pandemia as doações diminuíram, porém este ano já conseguimos ultrapassar a marca de transplantes realizados em 2020”, lembra a coordenadora.
Este ano, o Piauí ultrapassou o número de transplantes de rins realizados no ano passado. De janeiro a agosto deste foram contabilizados 22 transplantes de rins, em 2020 o estado realizou 15 cirurgias. Os transplantes de córneas também estão avançando, já foram realizados 116 procedimentos. No ano passado 106 transplantes concretizaram-se.
Na última semana o Hospital Getúlio Vargas (HGV) voltou a fazer transplantes renais intervivos (doador vivo). O serviço estava suspenso devido às medidas restritivas e de segurança impostas pela pandemia da covid-19. O procedimento realizado teve como receptor um senhor de 38 anos que recebeu o rim doado pelo irmão de 34 anos. “Graças ao avanço da vacinação estamos conseguindo ter as condições sanitárias adequadas para a realização dos procedimentos. Felizmente este ano nossos números estão obtendo um crescimento, lembra Lourdes Veras.
Segundo a Coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, pacientes com Covid-19 não estão habilitados para receber ou realizar a doação de órgãos. “Todos os doadores e receptores são submetidos aos exames de RT/PCR, para que tenhamos segurança da não transmissibilidade dessa doença durante estes procedimentos. Aqueles contaminados com o vírus não podem receber ou realizar doação”.
No Brasil para ser doador de órgãos é preciso conversar com sua família e manifestar o seu desejo em doar. Isso porque, de acordo com a legislação, a doação só pode ser realizada depois que a família do doador autoriza o procedimento. “Por isso é importante que se converse com a família e explique o seu interesse em ser doador de órgãos, pois só com o consentimento familiar, que a doação pode ser concretizada”, explica a coordenadora.
Fonte: CCom