Antônio José Medeiros, presidente da Fundação Cepro(Foto:Jorge Henrique Bastos)
Antônio José Medeiros, presidente da Fundação Cepro (Foto:Jorge Henrique Bastos)

A Fundação Cepro divulgou, nesta segunda-feira (20), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) dos municípios do Piauí, por território de desenvolvimento.

O estudo viabiliza a comparação entre os municípios ao longo do tempo (1991/2000/2010), destacando suas semelhanças e diferenças, além de estimular os gestores de políticas públicas municipais a priorizar a melhoria de vida das pessoas em suas ações e decisões.

O IDHM incorpora as três dimensões do IDH Global (renda, longevidade e educação), entretanto, alguns indicadores foram substituídos para avaliar as condições de núcleos sociais menores. O IDHM de cada município resulta da média geométrica das três dimensões.

O Piauí, no ranking dos estados, ocupava, em 1991, a 27ª posição; em 2000, alcançou a 25ª, melhor posicionado em relação aos estados do Maranhão e Alagoas. Em 2010, atingiu a 24ª posição, encontrando-se no mesmo patamar do Pará e permanecendo na frente do estado do Maranhão e Alagoas.

Segundo o presidente da Cepro, Antônio José Medeiros, há duas décadas o IDHM se afirmou como um indicador bastante significativo, porque além de incorporar a dimensão do crescimento econômico, incorpora duas outras dimensões, a educação e a saúde, como os setores que mais refletem o bem-estar social de uma comunidade.

“É muito importante fazer um acompanhamento, não só como diagnóstico da situação, mas também como um subsídio para se direcionar e intensificar as políticas públicas. Está muito claro, por exemplo, que o indicador saúde no IDHM tem um bom desempenho, porque ele se baseia mais na política de saúde preventiva comunitária do que no atendimento hospitalar e ambulatorial, em contrapartida, o indicador educação tem muitos problemas, o que serve de alerta para os gestores”, explicou o presidente.

Medeiros também destaca a educação como prioridade para o crescimento do IDHM. “Se nós queremos melhorar o IDHM, temos que prestar mais atenção ao desempenho da educação e perceber que não é só o atendimento das crianças em idade escolar que precisa crescer, mas também a recuperação da escolaridade dos adultos, que não tiveram a oportunidade de estudar na idade certa”, conclui Medeiros.

O estudo revela o comportamento do IDHM dos 224 municípios piauienses, nos territórios de desenvolvimento em 2010 e destaca seis municípios que ainda apresentam um nível muito baixo de desenvolvimento humano: três localizados na Planície Litorânea (Caxingó, Cocal e Cocal dos Alves), e mais três localizados nos territórios Carnaubais (Assunção do Piauí), Chapada Vale do Itaim (Betânia do Piauí) e Vale do Canindé (São Francisco de Assis do Piauí).

Por outro lado, dois municípios têm IDHM alto: a capital Teresina, no território de desenvolvimento Entre Rios, e Floriano, no território de desenvolvimento Vale dos Rios Piauí e Itaueira.

Quarenta municípios (17%) são detentores de nível médio de desenvolvimento humano e 176 cidades (78,5%) têm nível baixo de IDHM, distribuídos por todos os territórios de desenvolvimento.

O estudo do IDHM dos municípios do Piauí será o primeiro de uma série e, a cada ano, terá os indicadores atualizados pela Fundação Cepro, tendo como propósito entender melhor e, objetivamente, os rumos trilhados por esses espaços geopolíticos e buscar estratégias de longo prazo para o desenvolvimento humano.

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Fonte: CCom