Segundo informações do Jornal O Dia, desta terça-feira (31/03), os remédios terão, a partir de hoje, um reajuste nos preços, entre 5% e 7,7% dependendo da categoria em que se encontram.
A medida foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Fazenda devido ao aumento da inflação e dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado.
Esses reajustes ocorrem todo mês de março, segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Piauí (CRF-PI), Ítalo Rodrigues. De acordo com ele, esse reajuste foi feito após uma avaliação de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015.
O reajuste afetará cerca de 20 mil medicamentos, inclusive os antibióticos.
Para o presidente de CRF-PI esse reajuste está muito elevado, levando em consideração que o bolso do brasileiro não está acompanhando os aumentos que o país vem tendo.
Segundo ele, esse reajuste afeta diretamente no bolso dos consumidores, que possuem também outras contas a pagar.
O aumento do valor do medicamento vai depender da categoria na qual ele está incluído e com a concorrência do produto no mercado. Quanto maior a concorrência, maior o percentual de aumento.
Mas de acordo com Ítalo Rodrigues, o aumento depende também das empresas e marcas. “Não é porque o reajuste é de 5% que o produto precisa ter esse aumento. Tudo vai depender de cada laboratório, até porque há vários componentes que podem ser encontrados em outros medicamentos”, afirmou ao jornal.
Os grupos de medicamentos são, em primeiro lugar, os que possuem maior concorrência no mercado; o segundo são os que possuem quantidade de genéricos menor que 20% no mercado, enquanto o terceiro contempla os que possuem pouca concorrência, assim sendo o que terá o menor aumento.
“Isso é pra evitar que os poucos laboratórios que disponham daquela medicação aumentem de forma exagerada. Com isso é possível que todos tenham acesso ao medicamento, mesmo aquelas pessoas com pouca condição financeira”, explicou Ítalo Rodrigues.
Ele explicou ainda que a venda dos medicamentos com reajuste será iniciada a partir de hoje, mas isso só deve afetar o consumidor a partir de abril. Os estabelecimentos que possuírem os medicamentos em estoque pode ainda vende-los no preço antigo.
Fonte: 180graus