O senador Ciro Nogueira (PT) afirmou a O DIA que o conteúdo de conversas divulgadas até agora não alteram seu posicionamento a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador, que é presidente nacional do PP, vinha atuando na defesa de Dilma, mas após o diretório nacional da sigla defender punição aos que votassem a favor da presidente, ele explicou que não poderia votar contrário a decisão do partido e votou pelo afastamento da presidente.
Nessa semana, a divulgação de áudios de conversas entre integrantes do governo do presidente interino Michel Temer sugerem que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) aconteceu como forma de barrar as investigações da operação Lava Jato. Em diálogos divulgados pelo jornal Folha de São Paulo, o senador Romero Jucá, homem forte de Temer, afirma que o afastamento de Dilma Rousseff (PT) é necessário para formação de um “pacto nacional”, incluindo o Supremo Tribunal Federal, para “estancar a sangria” causada pelas investigações.
Além de Romero Jucá, o senador Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney foram gravados em ligações com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Machado já teve sua delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. Dilma Rousseff (PT) está afastada do cargo de presidente e 55 senadores votaram pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado. Após o julgamento, é necessário que 54 parlamentares votem pelo afastamento definitivo dela.
Fonte: Jornal O Dia