Comportamentos “inofensivos” que podem acabar com seu relacionamento
- Críticas
Todos nós precisamos falar o que pensamos e conceder feedback para os nossos cônjuges ocasionalmente. Por exemplo, “eu não gosto quando você não avisa que vai chegar tarde do trabalho” ou “quando você usa esse tom comigo, me magoa”. Esse tipo de crítica é razoável.
Através desse criticismo, o casal consegue construir uma relação satisfatória para ambos. O verdadeiro problema são as críticas que não possuem essa intenção.
Chamar o parceiro de sensível quando ele expressa sentimentos, criticar as suas escolhas, insultar características físicas e só evidenciar os seus defeitos são críticas cuja intenção é ferir. Também são uma forma de se posicionar em uma posição de poder em relação ao parceiro.
- Atitudes passivo-agressivas
Não há coisa pior do que tratar alguém com atitudes passivo-agressivas. Quando uma pessoa quer falar sério e a outra é irônica, indiferente ou prepotente, nada se resolve. Da mesma forma, quando se está incomodado com alguma coisa e se joga indiretas em vez de tocar no assunto, uma pessoa provoca raiva na outra desnecessariamente.
Ignorar, inventar desculpas com regularidade, dar conselhos indevidos e fazer elogios sarcásticos também são atitudes passivas-agressivas que causam estragos no relacionamento.
- Ficar na defensiva
Todos nós ficamos na defensiva vez ou outra, principalmente quando o tópico é delicado para nós ou sentimos que precisamos esconder as nossas fragilidades.
E, ocasionalmente, um parceiro pode criticar o outro sem fundamento. Nesta situação, conversar sobre a razão da crítica, expor o seu ponto de vista e ouvir o feedback do cônjuge são atitudes que ajudam o relacionamento a se fortalecer.
Já quando o cônjuge fica na defensiva e não consegue aceitar o que o outro está falando, impossibilita que impasses sejam resolvidos. O outro, então, pode sentir que está falando sozinho e fica frustrado.
- Tratamento do silêncio
Outro comportamento que atrapalha os relacionamentos é o tratamento do silêncio. Quem tem dificuldade para resolver conflitos ou é orgulhoso demais para admitir os erros costuma recorrer à essa tática para punir o cônjuge. Além de evitar conversar com ele, procura não responder as suas perguntas, evitar contato visual e não comparecer a compromissos importantes para ele. É impossível encontrar a solução para os impasses conjugais desse jeito.
- Exigências equivocadas
Quando os casais possuem necessidades e expectativas distintas acerca do relacionamento, exigências equivocadas podem desestruturá-los.
Por exemplo, exigir que o parceiro seja capaz de identificar o seu humor sem que você precise dizer alguma coisa e, ainda, faça algo para você se sentir bem. Outro exemplo comum é exigir que o parceiro não compareça a um evento por ter alguém que você não gosta.
Essas exigências deixam claro que o cônjuge não possui maturidade emocional, além de exigir que o outro forneça constantes explicações do seu comportamento e se sinta na obrigação de agradar a pessoa amada o tempo inteiro.
- Tentativas de melhorar o cônjuge
Quando se inicia um relacionamento sério, é preciso ter em mente que, assim como você, o cônjuge possui a individualidade e as vontades dele. Deslumbradas pela paixão, algumas pessoas se esquecem disso e não conseguem enxergar o parceiro como ele é de verdade.
Só com o tempo as ideias fantasiosas são quebradas. A partir daí, surgem as primeiras decepções com a personalidade, objetivos, estilo, crenças e opiniões do cônjuge. Em vez de tentar compreendê-lo como é, no entanto, a pessoa decepcionada procura “melhorá-lo”.
Ela procura transformá-lo em alguém que ele não é somente para minimizar a frustração. Essa postura pode facilmente evoluir para uma de controle e se tornar tóxica para ambos.
- Brigar em público
As brigas de casais idealmente seriam resolvidas na intimidade, quando se está com a cabeça fria e disposto a conversar civilizadamente. Brigar na frente dos outros é uma maneira de expor a relação e, por vezes, questões que o outro não queira que sejam expostas.
As brigas em público também constrangem tanto os casais quanto as pessoas ao redor, que não sabem como reagir à situação. Quando acontecem frequentemente, os amigos e familiares podem começar a se preocupar com a saúde do relacionamento.
Fonte: Psicóloga Thaiana Brotto