A necessidade de manter o isolamento social e permanecer em casa durante essa pandemia do Coronavírus acende um alerta para o possível aumento dos casos de violência contra a mulher. Conforme apontam os dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cerca de 90% dos episódios ocorrem dentro da casa das vítimas. A situação gera preocupação, porque muitas vezes essas mulheres precisam passar a quarentena no mesmo ambiente que os seus agressores.

 

Foi no sentido de dar um amparo a estas mulheres e mostrar que elas não estão sozinhas, que a Coordenadoria Estadual de Políticas Para as Mulheres (CEPM) lançou a campanha “Ei, Mermã”. A ação visa basicamente alertar a população e as próprias vítimas sobre o funcionamento dos canais de combate à violência doméstica. O órgão está disponibilizando o número (86) 99433-0809 para que as pessoas liguem e mandem mensagem via WhatsApp direto para o Centro de Referência Francisca Trindade.

 

 

Por meio deste número, a população pode ajudar as mulheres vítimas de violência a serem assistidas pelos órgãos competentes fazendo denúncias ou só tirando dúvidas sobre como proceder caso presencie algum episódio de agressão. “O Centro de Referência é canal de atendimento para as mulheres em situação de violência e o número ajudara otimizar a assistência para aquelas que estejam sofrendo alguma agressão”, Afirma Joelfa Farias, Coordenadora da CRM Francisca Trindade.  O número do Centro de Referência funciona 24 horas.

 

Além dele, há ainda os outros canais de comunicação e denúncia para casos de violência doméstica: o 190 da Polícia Militar; o 180, da Polícia Civil; o aplicativo Salve Maria, que pode ser baixado pela loja de aplicativos do celular e conta com o Botão do Pânico que, acionado, envia para a central a localização da vítima e permite a chegada da autoridade policial a tempo.

 


Casos de violência contra a mulher podem subir durante período de isolamento social – Foto: Agência Brasil

 

Vale lembrar que a Central de Flagrantes está realizando atendimento 24 horas para crimes de violência doméstica, feminicídio, estupro, dentre outros.

 

“Temos que ampliar nesse período de quarentena a divulgação dos canais que poderão estar ouvindo e acolhendo essas mulheres em situação de violência para que possamos minimizar esse problema”, é o que afirma Zenaide Lustosa, coordenadora geral da CEPM.

 

Ressalta-se que uma vez feita a denúncia, a Patrulha Maria da Penha manterá contato com as vítimas assistidas via celular e/ou WhatsApp.

 

Fonte: Portal O Dia