O cinegrafista Gelson Domingos da Silva. (Foto: Divulgação)

Após mais de sete horas da operação policial, que terminou com nove presos e cinco mortos, o patrulhamento está reforçado nesta segunda-feira (7) na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio. No domingo (6), o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva morreu com um tiro no tórax durante a cobertura da operação policial. Ele usava colete à prova de balas. O corpo do cinegrafista será enterrado às 15h, no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.

Segundo a PM, não houve registro de novos confrontos na favela nesta madrugada. De acordo com o 27º BPM (Santa Cruz), policiais militares dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e do Choque estão na comunidade. Eles contam com o apoio de outras unidades da Zona Oeste.

Cinegrafista alertou policiais

O cinegrafista chegou a alertar que ele e policiais militares haviam sido vistos pelos criminosos. O anúncio feito pelo jornalista ocorreu pouco antes de ele ser atingido. Os jornalistas e cinegrafistas só entraram na favela depois que policiais do Choque informaram ter recebido a informação do Bope de que a comunidade havia sido tomada e a situação estaria sob controle.

Em pouco tempo, a informação de que o Bope havia tomado a área se revelou errada. Logo se ouviram novos tiros. Os policiais decidiram então seguir com os cinegrafistas, sem saber, direto para o ponto onde os bandidos estavam encurralados por homens do Bope. No final da rua, a tensão aumentou. Os policiais perceberam o perigo e os tiros recomeçaram.

Nas imagens gravadas por Alex não é possível ver, mas Gelson está filmando do outro lado da rua e acaba atingido. Com o cinegrafista da Bandeirantes caído, o tiroteio continuou.

Fonte: G1