Funcionários dos Correios do Piauí realizam transporte de provas do Enem (Foto: Catarina Costa/G1)

Os Correios devem levar até sete dias úteis para normalizar a entrega de cartas e encomendas na maior parte das localidades afetadas pela greve, que durou 21 dias. No Piauí, os servidores que estavam parados retornaram às atividades nesta quinta-feira (10), por decisão do Tribunal Superior do Trabalho no julgamento do dissídio na terça-feira (8).

Com o fim da greve, a rede de atendimento voltou a ser aberta e todos os serviços, inclusive o Sedex e o Banco Postal estão disponíveis. A previsão da empresa é voltar a disponibilizar na segunda-feira (14), os serviços de hora marcada que foram suspensos por conta da paralisação.

Na tarde desta quinta-feira, funcionários dos Correios escoltados pelos policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial realizaram o transporte das provas do Exame Nacional do Ensino Médio para sede da empresa no Piauí.

Julgamento

No julgamento do dissídio coletivo dos Correios, o TST acatou a proposta da ECT e manteve o reajuste oferecido pela empresa de 8% nos salários, com reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7% e de 6,27% nos benefícios. Os servidores também vão ganhar vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo Governo Federal.

Os ministros destacaram que o reajuste ofertado pela ECT está acima dos índices inflacionários do período, citando inclusive pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que demonstra que a maior parte das categorias no Brasil não obteve aumento tão significativo no primeiro semestre de 2013.

O tribunal também acatou integralmente a proposta dos Correios sobre o plano de saúde em manter na íntegra a cláusula 11 do acórdão vigente, que garante todos os atuais direitos dos trabalhadores, como manutenção dos atuais beneficiários. A respeito da mudança na gestão do plano, o relator do dissídio, ministro Fernando Eizo Ono, destacou que este é um assunto afeto ao empregador, e não às representações sindicais.

Fonte: G1 Piauí