O Governo do Estado apresentou nesta sexta-feira (15), o Plano Operacional de Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 no Piauí, aos secretários de Saúde e prefeitos dos municípios piauienses. No plano estão contidas todas as estratégias de distribuição, acondicionamento, transporte, público alvo, segurança e comunicação que serão necessários durante todo processo.

 

Nessa primeira fase serão vacinados 187.85 piauienses. Somadas as quatro fases iniciais, a meta imunizar 1.113.329 piauienses dos grupos prioritários. O governo por meio das Secretarias iniciou a distribuição de 200 mil seringas e agulhas e mais protetores e máscaras, sendo que os 224 municípios piauienses serão contemplados. “A data de início da vacinação ainda vai ser definida na terça-feira, dia 19 de janeiro, mas a partir de terça nós já podemos ter as condições da largada da vacinação, começou no Brasil, começa no Piauí”, afirmou o governador Wellington Dias.

 

O líder piauiense ainda sinalizou que o Estado adquirirá doses para vacinar toda a população, após ser definido o que vai ser repassado pelo Plano Nacional de Imunização. “Definido sobre o que foi comprado pelo PNI, 200 milhões no primeiro semestre, numa perspectiva de 150 milhões no segundo semestre, o que estamos acertando é que vamos disponibilizar para toda demanda do Estado, temos um entendimento com o Butantan, Fiocruz, e União Química, ao atingir o teto disponibilizado para o Governo, a segunda opção vem ao Estado. Se o Governo Federal assegura 2,2 mi doses, nós vamos assegurar essa diferença.  Vamos assegurar toda a demanda de vacinação, assegurada a parte do PNI, assegurada a parte complementar, há a liberdade do indivíduo”, frisou.

 

Postos de vacinação

 

“Nós teremos 1.103 postos de vacinação, precisamos organizar em cada município a partir daquele ponto um sistema conforme as fases que já foram definidas, com critérios técnicos para que tenhamos o aproveitamento das doses e evitarmos perdas, a vacina está valendo ouro. Eu estou indo a Brasília hoje para uma reunião onde nós estamos trabalhando a logística de distribuição. O governo a partir de uma base que foi montada em Guarulhos já tem as frotas aéreas para fazer a distribuição, ao chegar no Piauí nós já temos os contratos para viabilizar a chegada aos municípios para que a gente possa ter essa segurança. Temos que comunicar bem a população que há uma ordem de prioridade, uma ordem que não é política, ordem que leva em conta salvar vidas, temos uma parcela da população que tem um risco maior, de um lado os profissionais da saúde e a partir dai tem um regramento que leva em conta a idade e comorbidade, ao vacinar essa primeira fase a gente tem condições de ter um resultado com redução de pressão hospitalar e redução de óbitos. Essa vacina além de proteger quem toma a vacina, ela protege o outro da transmissibilidade”

 

VEJA O CRONOGRAMA NA ÍNTEGRA

Foto – Efrém Ribeiro

Cronograma

 

“Havia a expectativa que dia 30 de novembro já tivéssemos um cronograma, mas houve algumas mudanças. O que nós temos hoje de diferente? Os passos que foram dados nos permitem uma segurança maior, o grande problema é a imprevisibilidade, o Brasil está atrasado por conta de tudo que aconteceu no mundo, porém a gente tem agora as condições de ter um plano. Da parte tanto do Ministério da Saúde como na parte da Anvisa nos temos até a próxima segunda-feira dia 18 para que se tenha a aprovação definitiva de pelo menos duas vacinas para uso no Brasil a da Fiocruz com a Aztrazeneca e a Coronavac”

 

Dificuldades

 

“Foi necessário modificar a legislação brasileira. Nós tínhamos o impedimento de que não poderia ter compra firme de vacina antes que se tivesse a aprovação da Anvisa, essa foi uma das alterações feitas com essa última medida provisória, eu cito isso para compreender que foi uma longa caminhada para a gente chegar a essa condição para começar com segurança”.

 

Foto – Efrém Ribeiro

 

Situação em Manaus

“Estamos acompanhando com muita atenção o que está acontecendo no Amazonas, coloco o Piauí com todo o nosso apoio juntamente com os governadores do Brasil para que a gente possa superar os desafios que estamos enfrentando e ao mesmo tempo esse desafio nos remete a uma reflexão para a importância desse momento em que estamos aqui muito próximos nesse grande desafio de vacinação”.

 

Convencimento 

 

“Aqui vem então um desafio, ou seja, enquanto tivermos pessoas não vacinadas, apenas não há um risco para aquelas pessoas, há um risco de transmissibilidade, então o convencimento, é a hora de ter essa linha em comum, garantir que no Piauí e não basta ter só o Piauí, precisamos que nosso país consiga alcançar um nível de imunização que nos permita ficar fora de risco.

 

Com a mutação é mais grave ainda, tem uma agressividade maior, uma transmissibilidade, atingindo inclusive os mais jovens, digo que a vacinação coloca numa situação estratégica para o Piauí e o Brasil, o Piauí quer uma condição de ser imunizado, mas o Brasil também, não queremos que o Brasil seja colocado numa lista de uma série de restrições no mundo”.

 

Doses garantidas 

“Temos um compromisso do ministro de na terça-feira após um diálogo, com disputas não só técnicas, mas políticas, na terça de ter o Dia D de vacinação. Temos a condição de já ter por parte da Fiocruz a garantia de até abril utilizar 46 milhões de doses, a mesma coisa o Butantan e isso garante condições, vai garantir a imunização de 23 milhões. Com a Butantan vão ser mais de 50 milhões, e temos as condições de doze semanas depois garantir mais 50 milhões, estamos empenhados também na União Química poder pedir a autorização emergencial da Sputinik , pois tem condições de produção”.

 

Produção própria 

 

“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem condições com produção própria garantir primeira e segunda dose, e garantir a vacinação para vizinhos de outros países”.

Fonte: Meio Norte