De 2012 a 2021, aumentou em 25% a proporção de pessoas que moram sozinhas no Piauí. Ao mesmo tempo, caiu em 4% o índice de domicílios com famílias do tipo nuclear – aquelas constituídas por casais com ou sem filhos ou ainda por uma pessoa com filhos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2012, primeiro ano de realização da PNAD Contínua, cerca de 9,2% da população piauiense residia sozinha, índice que chegou a 11,5% em 2021. No caminho inverso, a proporção de residências do tipo nuclear caiu de 66% em 2012 para 63,3% em 2021. Nos arranjos nucleares com filhos, são considerados os consanguíneos, os adotados ou os de criação.
Apesar do crescimento dos domicílios unipessoais, o percentual do Piauí é o sexto menor do país. A maior proporção de pessoas que moram sozinhas é do Rio de Janeiro (18,4%) e a menor é do Maranhão (9,9%). No país, a média é de 14,9%. O Piauí também possui a quarta menor proporção de famílias do tipo nuclear. O maior índice é do Paraná (72,8%) e o menor é do Amapá (58,6%). A média brasileira é de 68,2%.
O conjunto domiciliar pode ser classificado ainda nos tipos estendido e composto. A unidade doméstica estendida é aquela onde reside o responsável pelo domicílio e, pelo menos, mais um parente que não se enquadre na formação nuclear. Já a composta é aquela em que há, pelo menos, uma pessoa de fora do círculo parental.
No período de 2012 a 2021, também cresceu a proporção de domicílios com arranjos do tipo estendido. Subiu de 22,9% em 2012 para 23,9% em 2021, um aumento de 4,8%. Já os lares com famílias compostas reduziram em 40% no período, passando de 2% em 2012 para 1,2% em 2021.
O Piauí possui o terceiro maior índice do Brasil de unidades domésticas do tipo estendida. Somente Amazonas (25,9%) e Amapá (26,9%) possuem proporções superiores. Rio Grande do Sul tem a menor proporção (11,4%) e o país tem média de 15,9%.
Com relação às famílias do tipo composta, o Piauí tem o oitavo maior índice do Brasil. Roraima tem a maior proporção, de 3,5%, e Sergipe a menor, de 0,6%. Já a média do país é de 1% dos domicílios.
Fonte: IBGE-PI