As Delegacias de Polícia Civil do Piauí, juntamente com o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal (IML) irão paralisar suas atividades a partir de hoje (25). A categoria marcou uma assembleia na qual irá discutir as diretrizes do movimento. A paralisação acontece porque o Governo do Estado não apresentou nova proposta formal de reajuste para as categorias.

Com a paralisação apenas, os casos de homicídio, estupro e latrocínio serão investigados por serem considerados crimes hediondos.

Os delegados, peritos, médicos e odontolegistas reivindicam o pagamento da parcela integral do reajuste salarial previsto em Lei há três anos. Além disso, a categoria reclama ainda da falta de promoções (a última aconteceu em 2013), pede melhores condições de trabalho, retorno da gratificação, pagamento do adicional de insalubridade e o aumento do efetivo para atender a comunidade, principalmente no interior do Estado, a partir da contratação de novos delegados.

A deflagração do movimento acontece após representantes do Governo faltarem à reunião marcada para ontem (24) com o Sindicato dos Delegados do Piauí (SINDEPOL). Na ocasião, seria apresentada uma nova proposta de reajuste.

Por conta disso, a categoria fará uma Assembleia hoje (25) às 11 horas em frente à Secretaria de Administração do Estado. Os delegados e peritos criminais serão recebidos pelo secretário de Administração, Franzé Silva, e pelo secretário de Segurança do Estado, capitão Fábio Abreu, que irão apresentar uma contraproposta à categoria com o objetivo de evitar a paralisação.

“O Estado está sempre procurando uma forma de atender a essas reivindicações e o nós nos sentamos com o governado e a analisamos tudo ponto a ponto para apresentarmos uma contraproposta que possa evitar o movimento. Mas é preciso entender que o Estado possui limitações e que tudo está sendo feito de forma que todos os lados saiam ganhando”, diz Fábio Abreu.

Sobre o movimento, o delegado geral de Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista, disse ao PortalODia.com que a paralisação só se iniciará caso a contraproposta do Governo não seja aceita. “Até o momento estamos de sobreaviso”, finaliza.

Fonte: Portal O Dia