Diante da falta de estrutura no atual prédio, a Central de Flagrantes de Parnaíba deverá ser transferida em breve para o Complexo de Polícia Civil, que está com as obras quase concluídas na Rua Francisco Severiano, no Bairro São Francisco da Guarita. A informação foi repassada pelo delegado geral Riedel Batista, que esteve em Parnaíba comandando uma operação policial e acompanhou de perto as dificuldades no local.
“O prédio da Central de Flagrantes não tem condições físicas de permanecer nesse local, que não é adequado. Já recebi relatos dos delegados de várias fugas que ocorrem, devido a essa falta de estrutura. O nosso interesse é mudar todas as delegacias para o Complexo de Polícia Civil, para que possamos ter um atendimento melhor e os policiais se sintam mais a vontade no exercício do trabalho”, afirmou Riedel Batista.
Ainda segundo o delegado geral, um planejamento está sendo realizado junto a Secretaria de Segurança Pública do Estado para viabilizar o mais rápido possível a transferência de todas as delegacias para o complexo. Outro problema enfrentado na Polícia Civil em Parnaíba é a quantidade insuficiente de delegados, onde na maioria das vezes o delegado regional Rodrigo Moreira acaba ficando sobrecarregado de atribuições. Quanto a isso, Riedel informou que serão enviados delegados em caráter emergencial.
“Vamos fazer um remanejamento em Parnaíba, onde iremos também incrementar com novos delegados. No máximo em uma semana iremos conseguir enviar alguns delegados para a cidade em caráter emergencial para podermos dar um suporte maior tanto para a Central de Flagrantes, quanto para o 1º Distrito Policial que atualmente está sendo coordenado pelo delegado regional”, ponderou Riedel Batista.
Já para o delegado titular da Central de Flagrantes da cidade, a constante superlotação de presos provisórios na delegacia é um dos principais problemas, fazendo com que as fugas aconteçam costumeiramente. Ele afirma que há 15 anos não foi realizado nenhum planejamento dentro da Polícia Civil e a situação só se agravou.
“A nossa maior dificuldade é que não temos mais estrutura para manter trinta presos, por exemplo. Nós só temos dois agentes de polícia por dia. E eu acabo ficando na Central de Flagrantes de segunda a sábado praticamente 24 horas por dia. E um ser humano não pode passar mais sete dias sem dormir. Não existe delegado comissionado. Tem que se fazer um concurso público. Acredito que não houve um planejamento nesses últimos quinze anos e a situação é esse caos. Não é mudando de prédio, que teremos a diminuição da violência. O que diminui a criminalidade são mais viaturas e agentes de Polícia na rua”, disse Marcos Bastos.
Veja a matéria da TV Costa Norte:
Por Kairo Amaral