A procrastinação, o hábito de adiar tarefas importantes, é mais comum do que se imagina e pode impactar negativamente a saúde mental, a vida profissional e o bem-estar. O cérebro, por instinto, busca poupar energia e, por isso, tende a evitar tarefas que exigem esforço. A falta de descanso, lazer e clareza sobre o que precisa ser feito contribui diretamente para esse comportamento.

Mais do que preguiça, muitas vezes a procrastinação está ligada a medo, ansiedade ou sobrecarga emocional. Isso pode gerar culpa, estresse, baixa autoestima e até depressão. Para lidar com isso, uma técnica eficaz é mudar a forma como se enxerga a tarefa: transformar uma imagem mental negativa em algo mais leve e positivo. Autoafirmações também ajudam — por exemplo, dizer “eu sou uma pessoa que estuda todos os dias” em vez de “eu preciso estudar”.

Do ponto de vista do cérebro, comportamentos repetidos criam trilhas neurais que ficam mais fáceis de percorrer com o tempo. Por isso, hábitos ruins são difíceis de mudar. No entanto, é possível construir novos caminhos com esforço e repetição. À medida que isso acontece, o cérebro ativa circuitos de recompensa, libera dopamina e cria uma sensação de conquista que ajuda a manter a motivação.