Depois da aprovação final na Câmara dos Deputados e o encaminhamento para sanção presidencial, a criação da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) foi tema de entrevista coletiva, nesta quinta-feira (22), no campus Ministro Reis Veloso, que será desmembrado da Universidade Federal do Piauí. O diretor, professor Dr. Alexandre Marinho, discorreu sobre o caminho percorrido até a concretização do projeto.
O resgate histórico começou em 2004, quando o então senador e atual prefeito de Parnaíba, Mão Santa, apresentou no Senado Federal o projeto de criação da Universidade do Delta. Todavia, a matéria acabou arquivada por inconstitucionalidade, visto que a criação de novas despesas não poderia partir de um projeto parlamentar. “Mas temos que reconhecer que naquele momento foi acessa uma chama”, afirmou o diretor Alex.
Em 2007, a expansão do campus (que passou a ter 12 cursos, superando os quatro que haviam até então) acabou por adormecer ainda mais a UFDPar, pois seria inviável a criação da nova universidade em meio ao processo de crescimento daquela já existente. Somente em 2013 recomeçaram as tratativas pra desmembrar Parnaíba da reitoria na capital, por meio da elaboração de uma justificativa que fundamentou o projeto de lei do Executivo Federal.
O documento foi entregue no ano seguinte a então presidente Dilma Rousseff, que veio a Parnaíba em cumprimento de agenda oficial. O próximo passo foi o trâmite da matéria no Congresso Nacional, contanto com apoio e a articulação de parlamentares como o deputado federal Paes Landim e o senador Ciro Nogueira, dentre outros, até chegar à mesa do presidente Michel Temer, que deve sancionar nos próximos dias.
Alex Marinho destacou a participação do corpo docente e administrativo do campus em todos os momentos, fazendo referência nominal a muitos professores e servidores que estavam ou não presentes no auditório. Por fim, ressaltou que ainda há um grande trabalho a ser feito no que tange a transição e a consolidação da UFDPar, que segundo ele deve levar cerca de dois anos e depende de recursos do orçamento da União, além de um forte trabalho interno.
Os dois novos prédios, construídos a princípio para abrigar o curso de Medicina, serão inaugurados no dia 13 de abril, ocasião que deve contar com a presença de políticos e autoridades, além do corpo administrativo, docente, discente e da comunidade em geral. Sobre a criação de novos cursos, Alex disse que há demandas mais urgentes, mas elencou alguns dos quais imagina no rol da universidade futuramente: Música, Jornalismo, Educação Física, Engenharia Civil e Enfermagem.