O Diretor Clínico do Heda – Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, médico Carlos Teixeira, disse nesta segunda-feira (8) que já faz algum tempo que não há registro de óbito no Hospital de Campanha N. S. de Fátima (Anexo II do HEDA) e que o último caso havido em Parnaíba foi na rede de retaguarda. Por conta das festas de final de ano, ele falou também da expectativa em torno de uma possível terceira onda, em função da negligência de pessoas com relação ao uso de máscara, principalmente em locais abertos. “Mas estamos nos organizando  e nos preparando para um possível aumento de casos, no final deste ano e início do outro”, pontuou.

 

“Em Parnaíba atualmente nós temos 16.473 casos de Covid positivo, com 447 óbitos, desde o início da pandemia. Nós observamos, sim,  um aumento no número de atendimentos no Pronto Socorro do Hospital de Campanha Nossa Senhora de Fátima, o Anexo II do HEDA, durante a segunda semana de setembro e até a primeira quinzena de outubro. Mas a maioria desses casos foi de casos simples, leves, onde os pacientes são tratados em domicílio mesmo. Observamos que em torno de 80% dos pacientes já foram vacinados e tiveram a sintomatologia leve do Covid”, disse o diretor.

 

 

Ele informou ainda que atualmente em Parnaíba existem 12 pacientes internados no Hospital Nossa Senhora de Fátima, com 4 pacientes na UTI, e todos sem ventilação mecânica necessitando de suporte de oxigênio. “E nos leitos clínicos temos 8 pacientes, sendo  2 pediátricos e 6 adultos. Então, relativamente o número de internações está baixo. É o menor índice nos últimos dois meses de internação de pacientes. O número baixo se estende a toda a planície litorânea  assistida pelo Heda. O que observamos foi o aumento no número de acidentes em relação ao primeiro semestre, deste ano, no que tange,  principalmente, aos pacientes politraumatizados da traumatologia  ortopédica”.

 

Hospital de Campanha N. S. de Fátima – Anexo II do HEDA

SEGUNDA DOSE: Dr. Carlos Teixeira falou também sobre a procura da população pela segunda dose da vacina contra a Covid. “Felizmente observamos que no último mês tivemos um aumento pela procura da primeira dose e a complementação da segunda dose. O que está havendo é um pouco de desinformação  em relação à segunda dose. Antigamente, no início da vacinação, a segunda dose era 3 meses em relação à primeira, dependendo do tipo de vacina que você está tomando. Hoje foi reduzido para 28 dias e em algumas cidades para 21. E é essa mudança que está levando à não vacinação desses pacientes. A grande procura dos jovens, principalmente da primeira dose, acredita-se que se deva à retomada das atividades econômicas e sociais, inclusive as festas, onde estão sendo solicitadas pelo menos que a pessoa tenha tomado a primeira dose ou feito o teste do covid. Por isso os mais jovens estão procurando se vacinar”, avalia o diretor.

 

 

TERCEIRA DOSE:  Com relação à terceira dose, Dr. Carlos destaca  que já está sendo aplicada em idosos acima de 90 anos e em profissionais de saúde. “Aqui no Heda a primeira etapa já foi realizada com o sucesso de praticamente 100% dos profissionais de saúde que obtiveram a primeira dose de Coronavac no início do ano. Já estamos nos preparando para na próxima semana iniciarmos a segunda etapa dos  profissionais de saúde para a terceira dose”.

 

Finalizando ele disse que a orientação médica é que todos continuem usando máscara, principalmente em aglomerações, mesmo em ambiente  aberto.  “O álcool em gel também é importante. Em alguns bares e restaurantes diminuiu o uso da máscaras, mas temos que ficar alerta porque a vacina não protege contra a doença em si. Ela ´protege principalmente contra as complicação da Covid-19. Ela não nos protege 100% lhe garantindo que ninguém vá pegar a doença. Pode-se pegar a doença, sim, embora com sintomatologia leve.

 

Fonte: Blog do B. Silva