Valdivia brinca de luta com os companheiros, provoca, esconde o rosto com a camisa e sai gargalhando. Jogadores promovidos da base em meio a um momento turbulento agora curtem os momentos antes e depois dos treinos, “petecando” a bola e propondo desafios uns aos outros – só pela brincadeira mesmo. É esse o clima atual na Academia de Futebol do Palmeiras, aliviado por se ver cada vez mais distante da ameaça de rebaixamento. Dez rodadas após cair para a lanterna do Brasileirão, o Verdão hoje ocupa a 13ª colocação, com 39 pontos, cinco a mais que o Coritiba, primeiro time no Z-4. O risco de queda é de apenas 3%, segundo o matemático Tristão Garcia.
A sonhada arrancada (veja no gráfico abaixo) pelo clube desde a contratação do técnico Dorival Júnior, no início de setembro, se confirmou. E justamente depois da goleada por 6 a 0 para o Goiás, no dia 21 de setembro, que culminou com protestos violentos e até agressão a Josimar, hoje na Ponte Preta, em Goiânia. Após o vexame, o Verdão obteve cinco vitórias, dois empates e duas derrotas em nove rodadas.
Internamente, a diretoria credita a reviravolta do Palmeiras justamente à troca do argentino Ricardo Gareca por Dorival. Os dirigentes entendem que a atitude foi crucial na mudança de rumo da equipe, antes fortemente ameaçada pela queda.
Depois de viver tanta turbulência, os jogadores admitem certo alívio. O sentimento é compartilhado por Diogo, Allione, Renato e Tobio, jogadores que concederam entrevista durante a semana. Todos concordam que o time vive dias mais tranquilos, mas também não deve relaxar nas seis partidas finais.
Pelo cálculo do matemático Tristão Garcia, 45 pontos é o necessário para escapar do rebaixamento. Ou seja, o Verdão precisa de seis pontos em 24 possíveis para alcançar a meta. É o mínimo que a torcida espera para encerrar de forma digna o ano do centenário.
Fonte: Globo Esporte