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A epidemia de Zika Vírus enfrentada pelo Brasil tem suscitado discussões acerca do combate ao mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti. O momento também tem gerado preocupação na preparação da sociedade para acolher as milhares de crianças que estão nascendo com microcefalia, fato que até então se atribui à infecção da mãe pelo vírus durante a gravidez. A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), vem articulando ações para lidar com as consequências da epidemia do Zika Vírus na sociedade, em parceria com instituições e órgãos governamentais.

O Pró-Reitor de Extensão da UESPI, Raimundo Dutra, esteve em reunião na manhã dessa segunda (15), com a representante da Secretaria do Estado da Educação (SEDUC), Jane Silva; representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), Madalena Leal; representante da Sociedade de Pediatria do Piauí (SOPEPI), Noronha Filho; a professora da UESPI, Cíntia Mendes e o coordenador da Divisão de Programas Socioculturais, Oscar Carvalho. A pauta do encontro foram as medidas de sensibilização, especialmente no ambiente escolar, sobre providências que devem ser tomadas para garantir a inclusão dos microcefálicos.

Uma pessoa com microcefalia pode apresentar limitações cognitivas e motoras, além de outros problemas, que atrapalham o desempenho escolar. Tendo em vista a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), que garante o acesso à Educação, “é preciso preparar os educadores para essa nova realidade, pois a sociedade está empenhada em combater o mosquito, mas é fundamental pensar também no futuro dessas crianças”, afirmou Cíntia Mendes.

“A universidade está preocupada com essas epidemias e temos responsabilidade social, por isso nos reunimos para articular as ações que podem ser tomadas para diminuir essa problemática”, apontou Raimundo Dutra. Ao final da reunião, foi decidido que as instituições realizarão um seminário, destinado a professores da educação básica da rede estadual e municipal de educação. “O objetivo do seminário é trabalhar com os coordenadores pedagógicos das escolas para que desenvolvam ações sistemáticas com seus alunos, no sentido de formar o cidadão”, explicou Madalena Leal.

“É importante porque é uma oportunidade de trabalhar no sistema educacional questões de gestão ambiental e o respeito ao cidadão”, afirma Noronha Filho. Uma nova reunião acontecerá na próxima quinta (18) para definir os detalhes do evento.

Fonte: Meio Norte