A Embrapa Meio-Norte está desenvolvendo em Parnaíba um projeto de melhoria genética para produzir mais camarão em menor espaço de tempo. O projeto, executado em parceria com a iniciativa privada, é financiado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, dispõe de recursos no valor de R$ 150 mil.
O projeto vai aumentar em 5% o peso do camarão branco, criado em cativeiro no litoral do Piauí. Os pesquisadores da Embrapa Meio Norte também querem aumentar o número de ciclo de engorda atual. Hoje, o camarão branco de cativeiro é comercializado 75 dias após o início da engorda.
Os primeiros resultados indicam uma herança genética de peso e cumprimento total de 30% e 23%, respectivamente, dos animais estudados. Este resultado, segundo os pesquisadores, aponta para uma conclusão animadora: a variância genética aditiva, que é transmitida de pai para filho, pode ser explorada em programas de melhoramento genético.
O trabalho é desenvolvido em uma estrutura de pesquisa que conta com uma unidade de larvicultura, que dispõe de 72 caixas de água de mil litros. A unidade, que ocupa uma área de 450 metros quadrados, é mantida sob uma estufa agrícola. As caixas têm kits com sistema simplificado de recirculação de água, coletor automático de resíduos, além de um suporte medusa para desenvolvimento de bactérias e um dosador para solução tampão.
Nativo do Oceano Pacífico leste, o camarão branco predomina em 95% das criações no Brasil. O Nordeste é responsável por cerca de 92% de toda a produção brasileira dessa espécie. A equipe responsável pelo projeto é formada pelo pesquisador Laurindo Rodrigues e o bolsista Ubaldo Bécquer, além de Luiz Guilherme.
Fonte: Embrapa