Olá!

Estou de volta. O que pressupõe que tenha ido a algum lugar.

O que não é verdade. Apenas me ausentei de mim mesmo,

sendo isso quase uma obsessão: não me encontrar em lugar algum.

Fui curado, não posso negar. E agora sou impelido a relatar de que forma

ausentei-me tanto para sentir falta de mim mesmo.

O mundo é cão, você sabe. Sabe também que ninguém é santo nem nada.

Foi quando me vi garrafa pet sendo reciclado em flores de plástico, ornando

um altar evangélico onde o demônio teimava em dançar o funk.

Consegui ser jogado fora e seguir direto para registrar um B.O sobre meu próprio desaparecimento.

Nada feito. O sistema estava fora do ar como eu. Foi aí que me descobri sistema interligado à rede – Ora um intruso esperando o sinal, querendo inclusão digital para falar com minha mãe em Bangladesch. Ele conhece, como ninguém, simpatias para

todo tipo de ausência. – Ora como um intruso querendo entender esse negocio de desmonetarização dos fora do eixo.

Rede é uma invenção divina: diga-me com quem te deitas que te direi quem és! Acho que errei em alguma coisa! Bom, mas o haicai da Alice “ rede ao vento / se torce de saudade/  sem você dentro”.

Com o passar dos dias tudo foi ficando difícil, até chegar a entender que sem a mídia você é um aprendiz de sujeito passivo… Aí fui voltando. Dei meu testemunho, a comunidade acreditou que muito mais que uma folha reciclada, sou um gafanhoto ninja,

Mais velho, mais cético, mais turvo, mais distante do que nunca dos problemas de

cunho expositivo.

Falando nisso, quero uma ponta na nova novela das oitos.