portodasbarcasO governador Wellington Dias (PT) decretou situação de emergência do Conjunto Arquitetônico Porto das Barcas, localizado na cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí. O decreto vale por 180 dias e a partir do decreto toram acionadas as secretarias de Defesa Civil e de Cultura para o planejamento de medidas para a restauração do conjunto arquitetônico que abriga bares, lojas de artesanatos e agências de viagens ao Delta do Parnaíba.

De acordo com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) a Coordenação de Registro e Conservação fez um relatório de avaliação da estrutura física constatando que o conjunto arquitetônico do complexo está comprometido e com risco de desabamento. O relatório é assinado pela arquiteta Patrícia Mendes e motivou o decreto que determina a situação de emergência para evitar maiores danos à própria estrutura e às pessoas que transitam diariamente no local.

Através de nota a Secult informa que o valor estimado para toda a recuperação e revitalização do conjunto arquitetônico é de aproximadamente R$ 8 milhões por causa de danos ambientais nos últimos 10 anos, principalmente na área onde fica atualmente o Museu Náutico e seu entorno. O Secretário de Cultura, Fábio Novo (PT) informou que haverão interdições parciais no Porto das Barcas a partir do andamento das obras de recuperação. Segundo o secretário a prioridade será para os pontos mais críticos, a fim de garantir a preservação do patrimônio.

Há 4 anos patrimônio histórico já apresentava forte desgaste

No fim de 2016 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) assinou contrato, liberando R$ 80 mil para a recuperação dos prédios. A iniciativa faz parte do convênio entre Iphan, Prefeitura de Parnaíba e do Banco do Nordeste (BNB) firmado em novembro de 2013, no valor de R$ 1,6 milhões.

Em 2013 o casario histórico, mesmo tombado pelo Ministério da Cultura, já corria risco de desabar. O Centro Histórico da cidade foi construído ainda no Século XVIII e na época contava com 496 prédios tombados, com necessidade de restauração. Na época o prédio que abrigava a Biblioteca Pública Municipal, e que havia sido a primeira Escola Primária de Parnaíba estava com paredes rachadas, infiltrações, assim como o piso e teto comprometidos.

Fonte: G1/Piauí