Uma atividade ilegal e corriqueira que tem como alvo qualquer pessoa que possua um smartphone. Phishing – como é conhecido, nada mais é que um tipo de roubo de identidade online. Uma ação fraudulenta que é caracterizada por tentativas de adquirir ilicitamente dados pessoais das vítimas. Dentro dessa modalidade criminosa existem variações – como é o caso do Smishing, que tem como foco principal enganar os usuários via SMS.

 

“Esse tipo de golpe, ele acontece através de mensagens de celular. Os criminosos mandam mensagem para o celular da vítima pedindo atualização de senha, fornecendo informações falsas, como data de vacinação e recadastro em bancos. A vítima normalmente acredita naquela mensagem, ela clica naquele link e é redirecionada para um site falso e ali, naquele momento, a vítima começa a colocar os dados dela, como senha, por exemplo, e aí ela começa a cair no golpe, porque todas as informações que ela envia para o criminoso, ele utiliza para sacar dinheiro e fazer a transferência”, explicou João Rodrigo Luna, delegado da Polícia Civil de Parnaíba. 

 

João Rodrigo Luna, delegado da Polícia Civil de Parnaíba em entrevista concedida ao Portal Costa Norte.

O empresário Jorge Richard relatou ao Portal Costa Norte que tem recebido mensagens duvidosas de números de outros estados do Brasil com cobranças indevidas. “Eu já recebi acho que na faixa de umas 15 mensagens. A mensagem com link dizendo que meu cartão estava com problema, isso com o DDD 11, geralmente é o que mais recebo aqui em Parnaíba. A partir daí, eu não clico, não faço mais nada porque eu sei que isso aí é um golpe”, disse. 

 

Para evitar ser enganado por estelionatários que atuam no ambiente online, é preciso estar atento, pois eles agem de forma silenciosa, sem que a vítima perceba que seus dados estão sendo roubados. 

 

De acordo com um  levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) houve um aumento de 70% no número de tentativas de golpes financeiros via internet desde o início da pandemia de covid-19. Em sua totalidade os golpistas virtuais usavam nomes de bancos para enganar os destinatários. 

 

Rodrigo Luna deu orientações sobre como não ser alvo fácil para os criminosos que atuam aplicando esse tipo de golpe. “A vítima nunca deve fornecer a senha dela, desconfiar de ofertas tentadoras com preços muito abaixo do mercado, antes de depositar qualquer dinheiro, fazer uma pesquisa do pix, verificar se é com aquela mesma pessoa. Nunca depositar dinheiro em conta de terceiros. Ativar a verificação de duas etapas, que é uma configuração de segurança que todos aplicativos de redes sociais possuem. Nunca fazer nada de forma apressada e ter calma para resolver essas coisas, para poder verificar se aquela informação é correta. Mas de toda forma, caso caia no golpe, procurar a delegacia e registar Boletim de Ocorrência.”