estadioA diretoria do Flamengo tenta acelerar o projeto da expansão e reforma do estádio da Portuguesa da Ilha do Governador. Com estudo de viabilidade em mãos, que prevê custo de pouco mais de R$ 20 milhões para entregar o estádio em maio ou até junho, o clube se movimenta para captar empresas interessadas na obra. Na manga, um trunfo: a isenção de ICMS para companhias que toparem investir na reforma do antigo campo do time da Ilha do Governador. 

Apesar de otimista, o diretor geral do Flamengo, Fred Luz, reconhece que para o estádio ser viável para jogos de pequeno e médio porte do time, a solução para a reforma tem que sair em alguns dias, no máximo até o final do ano.

– Estamos dependendo de patrocinadores, mas estamos animados.Achamos que vai sair. Tem que resolver agora, nas próximas duas semanas, para então iniciar a obra. Teríamos que ter o estádio pronto em maio ou junho. Se for julho, a gente já perde muito o interesse – explicou Luz.

Neste momento, a diretoria do Flamengo, que assinou carta-compromisso com a Lusa carioca – o clube da Ilha receberia remuneração como contrapartida pelo uso do estádio -, sai atrás da captação de empresas. O secretário de Esportes e Lazer do município, Marcos Braz, ex-vice de futebol do Flamengo, que foi eleito vice-presidente do Conselho de Administração do clube nesta quarta-feira, é um aliado importante no projeto. O estado garantiria isenção de Imposto de Isenção de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas parcerias na obra. Nem Flamengo, nem Fluminense e Botafogo, que participam do projeto e usariam o estádio, teriam custos com a obra no estádio da Ilha do Governador.

Sonho da casa própria
A ideia do Flamengo é usar o campo da Portuguesa em jogos de menor apelo no Campeonato Brasileiro. Fred Luz define como “solução paliativa” a obra no estádio da Portuguesa. O dirigente do Flamengo não comentou diretamente a possibilidade do Consórcio Maracanã devolver a administração do estádio ao governo. Mas afirmou que há conversas para que o clube se torne proprietário ou controlador do estádio. Sem deixar de lado um antigo sonho do torcedor do Flamengo: a construção de um estádio próprio. 

– O Flamengo hoje está muito mais fortalecido financeiramente do que no passado. Qualquer tipo de solução que se passe no Maracanã, deve passar pelo Flamengo, que tem representatividade muito grande, que viabiliza o estádio com seu público. Temos conversas com o Consórcio, com quem temos contrato até o fim de 2016, para que o Maracanã possa se tornar a casa do Flamengo. Mas neste momento não há nada material desse assunto. O Consórcio tem concessão de 35 anos. Não vamos esperar para ver o que acontece com o Consórcio, mas a verdade é que hoje não estamos na iminência de construir um estádio próprio. Conseguir um financiamento para construção de um estádio, com a crise econômica que vive o país, com taxas de juros muito altas, não é simples. Mas até o fim do mandato vamos ter solução para este assunto – apostou o diretor geral do Flamengo. 

Fonte: Globo Esporte