O Oscar de melhor filme foi para “Argo”, de Ben Affleck, anunciou a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, em transmissão ao vivo da Casa Branca, em Washington, na madrugada desta segunda-feira (25). O prêmio foi apresentado inicialmente pelo ator Jack Nicholson.
“Eu queria primeiramente reconhecer Spielberg, que é um gênio”, disse. “Reconhecer os outros filmes que também deveriam estar aqui com a gente. Quero agradecer meu pai, minha mãe, meu irmão. Ao Tony Mendes, que me deixou contar a história dele”, agradeceu, com a equipe no palco, incluindo o ator George Clooney, um dos produtores do filme.
Ben ainda agradeceu Jennifer Garner, sua mulher. “Eu te amo. Há quinze anos, eu era só uma criança, nunca pensei que estaria de volta”. Garner se emocionou com o discurso do marido.
O filme de Ben Affleck levou ao todo três estatuetas, incluindo roteiro adaptado e melhor edição.
Dirigido e estrelado por ele, “Argo” é sobre o ousado plano da Agência em resgatar seis diplomatas dos EUA do Irã se passando por uma equipe de filmagem de Hollywood.
Affleck oferece no início da projeção uma narrativa em quadrinhos sobre como os EUA ajudaram o xá Mohammad Reza Pahlavi a governar, a partir de interesses econômicos, até sua deposição em 1979 pelo célebre aiatolá Khomeini.
O asilo político oferecido a Reza Pahlavi enfureceu a população iraniana na época, que via no antigo xá um criminoso a ser julgado. Após a negativa do pedido de extradição do xá, as ruas iranianas foram tomadas por protestos, que culminariam na invasão da embaixada dos EUA em Teerã.
Esse foi o ponto de partida da histórica “crise dos reféns” (1979-1981), em que os seguidores de Khomeini mantiveram presos, por 444 dias, 52 norte-americanos em retaliação à presença do antigo xá em território dos EUA.
Também concorriam ao prêmio, “A Hora Mais Escura”, “O Lado Bom da Vida”, “As Aventuras de Pi”, “Lincoln”, “Os Miseráveis”, “Django Livre”, “Indomável Sonhadora” e “Amor”.
Fonte: UOL