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Acusado de ser o principal matador de uma milícia da Zona Oeste, citado em pelo menos 16 assassinatos, o ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, levava uma vida livre, leve e solta no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, de onde fugiu no último dia 2 de setembro. Além de comandar da cadeia um esquema de cobrança de TV a cabo clandestina, Carlão chegou a dar uma festa no BEP, regada a energético, refrigerante e uísque, para festejar o aniversário de um dos seus filhos.

Um jornal do Rio teve acesso a fotografias que mostram o ex-PM circulando livre pelas dependências do BEP, usando joias de ouro, como relógio, anel, pulseira e cordão, durante a festa, realizada em setembro de 2010. Para decorar o ambiente, bolas de aniversário foram colocadas no corredor de uma das alas, bem próximo às celas.

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Um dos convidados presentes seria Bruno Leonardo de Matos Ferreira, o Bruninho, que costumava ostentar o status de “afilhado do ex-PM” para passar por blitzes. Gravações telefônicas feitas pela Polícia Civil flagraram Bruninho conversando com sua mulher, no dia 30 de março, dizendo que o “chefe” iria embora até o fim do ano. No último dia 29 de julho, Bruninho e outro homem, que seriam acusados de operar uma espécie de disque-drogas, foram presos em flagrante, com papelotes de cocaína, na Zona Oeste do Rio.