Francisco de Assis diz que nunca viu “chumbinho” na vida, mas investigação indica que ele estudava venenos
“Apesar de Francisco ser apontado hoje pela polícia como o principal suspeito, ele afirmou em seu último depoimento que nunca sequer viu um saco de chumbinho na vida.”
Durante depoimento à polícia no dia 23 de janeiro de 2025, Francisco de Assis, principal suspeito do envenenamento de uma família em Parnaíba, afirmou que nunca viu o veneno conhecido como “chumbinho”. O produto, famoso por sua eficácia como pesticida, foi o mesmo utilizado no caso que resultou na morte de oito vítimas, segundo as investigações da polícia.
“Nunca vi. Nunca precisamos comprar esse veneno nem na casa da minha mãe”, disse.
A inteligência e o nível cultural de Francisco de Assis também foram destacados na investigação. No baú apreendido em sua casa, a polícia encontrou livros e revistas sobre diversos temas, incluindo nazismo. Mas o que mais chamou atenção foi um livro específico, chamado Médicos Malditos, que continha informações sobre como envenenar uma pessoa sem deixar rastros.
Partes desse conteúdo estavam sublinhadas por Francisco, o que sugere que ele estudou detalhadamente o assunto para garantir que nada fugisse de seu controle.
Ao ser questionado, Francisco alegou que seu interesse por esses temas era apenas acadêmico e disse que gostava da área de pedagogia, chegando a afirmar que tinha vocação para o ensino.
“A curiosidade de saber o que é o nazismo era saber sobre a expansão da Alemanha ser um país menor que o Piauí e ter dominado a Europa quase toda. 32 países foram dominados”, disse Francisco de Assis. Ele ainda relatou: “Eu me interessava por história, acho que com a vocação de ser professor, porque eu admirava a classe.”