Governo apresenta projetos para desenvolvimento de minas e energias do Brasil
A Secretaria Mineração apresentou ao Ministério de Minas e Energia um elenco de projetos.
Contribuir para o desenvolvimento do Piauí e do Brasil nas áreas de mineração, petróleo e energias renováveis. É esse o objetivo do Governo do Estado, que por meio da Secretaria de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper), apresentou ao Ministério de Minas e Energia um elenco de projetos e busca parcerias entre a União e o estado do Piauí.
Foi nesse sentido que o secretário da Seminper, Luís Coelho, reuniu-se na segunda-feira (18), em Brasília, com o ministro Fernando Coelho Filho. Na oportunidade, o gestor apontou todo o potencial energético e mineral do Piauí como alternativa importante na composição da matriz energética brasileira e no desenvolvimento das Minas e Energias do país, além de apresentar projetos para a concretização de tais objetivos.
Os projetos consistem na instalação de Estações Solarimétricas nas potenciais regiões do estado e implantação de Usina Piloto de Geração de Energia Solar no Lago de Boa Esperança, em Guadalupe do Piauí. “As estações medem o potencial do sol em determinadas regiões. É importante que tenhamos uma torre solarimétrica para que possamos mostrar dados concretos aos empresários e, assim, atrair investimentos. Já em Guadalupe, a pretensão é que a usina gere 1 MW no leito da represa de Boa Esperança”, explica Luís Coelho.
Além de Guadalupe, diversos municípios seriam beneficiados com as estações solarimétricas. São as regiões produtoras dos cerrados, que concentra as cidades de Bom Jesus, Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Ribeiro Gonçalves e Santa Filomena; da Bacia Leiteira entre Caraúbas, São José do Divino e Caxinfó; do Minério de Ferro, que se estende de Paulistana a São Raimundo Nonato; de Níquel, em Capitão Gervásio Oliveira; de Fosfato, em São João do Piauí, Caracol e Pimenteiras; dos pólos gesseiros, cimenteiros e cerâmico e ainda a região produtora de olericulturas para exportação em Canto do Buriti.
Outro ponto discutido foi a necessidade de campanhas educativas e informativas sobre legislação, benefícios e impactos socioeconômicos e ambientais da atividade mineral. “A população ainda desconhece o procedimento e após o rompimento da barragem em Mariana os brasileiros ficaram assutados, receosos do mesmo acontecer. Essa campanha é justamente para tranquilizar quem vive nas cidades em potencial, como Pedro II, Gilbués, Paulistana, Curral Novo e São Raimundo Nonato”, pontuou o secretário.
Também foram pautas do encontro a consolidação e expansão das atividades de pesquisa e desenvolvimento para aproveitamento mineral no Piauí, realizadas pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem). Ainda de acordo com o gestor da Seminper, é necessário que o atendimento do Cetem tenha melhorias, para que, por exemplo, aqueles que possuem um material e não sabem do que se trata, possam descobrir através do trabalho feito pelo Centro. Com a melhoria, haveria também a abertura de vagas para tecnólogos e técnicos em mineração.
Os projetos são orçados em aproximadamente R$7.400 milhões. “O Piauí é o terceiro em energia eólica e solar. A produção de energia a partir de fontes alternativas aponta o estado como uma potência energética, podendo figurar, em breve espaço de tempo, como um dos maiores produtores de energia limpa do país. É um estado rico em recursos naturais e inúmeras oportunidades de negócios podem nascer a partir da exploração sustentável dessas riquezas. É por isso que precisamos e devemos investir no Piauí”, ressaltou Luís Coelho.
Mais de 45 mil empregos gerados
O Piauí tem sido bastante procurado por empresas interessadas em investir nessa modalidade de geração de energia, empresas que têm ganhado os leilões nacionais e que já trabalham na implantação de fazendas de energia fotovoltaica (solar) e eólica no estado e no país. Atualmente, mais de R$11 bilhões estão sendo investidos na instalação de aerogeradores e usinas de energia solar em diversas regiões do estado. A geração de emprego e renda chega a 45.450.
Energia Eólica
O potencial eólico competitivo do Piauí está estimado em 8.000 MW, o que equivale a 70% da produção final prevista para a Usina de Belo Monte. Esse potencial está distribuído em quatro regiões do estado, sendo: 700 MW no litoral, 4.000 MW em estudos na Serra da Ibiapina, 2.400 na Chapada do Araripe e 1.200 MW na região de Queimada Nova.
A perspectiva é que, somente com a energia eólica, o Piauí não apenas permaneça autossuficiente, mas passe a ser um estado exportador de energia.
Energia Solar
O potencial do Piauí se delineia como o mais promissor, ultrapassando todas as previsões. O bom nível de insolação do estado tem atraído grandes investidores mundiais. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) credenciou 393 projetos de energia fotovoltaica, dentre os quais 55 são do Piauí, perfazendo uma potência de 2.057 MWp que estão habilitados a fim de participar do único Leilão de Energia de Reserva-LER marcado para o dia 16 de dezembro de 2016. O Piauí é o segundo estado com a maior quantidade de MWp projetos para energias.
Fonte: Ccom