Herbert Buenos Aires (Foto: Reprodução)
Herbert Buenos Aires (Foto: Reprodução)

O Governo do Estado deverá contratar, nos próximos dias, uma empresa para prestar consultoria para a Agespisa. O objetivo é definir o modelo administrativo a ser implantado na empresa de águas e esgotos do Piauí, que sofre com problemas financeiros e de cumprimento de metas. A informação é do presidente do Conselho Administrativo e futuro presidente da Agespisa, Herbert Buenos Aires.

Segundo ele, a única definição é de que a companhia não poderá permanecer da forma que está. “Na atual situação, ela não atende aos objetivos. Ainda não definimos se ela será um autarquia, um instituto. Essa definição virá após essa consultoria”, informou.

Assim, o presidente rechaça as possibilidades de que as mudanças no órgão seriam incluídas no projeto de reforma administrativa que o governador Wellington Dias deverá enviar para a apreciação da Assembleia Legislativa até o final do mês.

A empresa que prestará consultoria também ainda não foi definida. “A única coisa que temos em mente é que a mudança não poderá trazer prejuízos aos servidores, em termos de remuneração, por exemplo. O que queremos é fazer com que a Agespisa cumpra seu papel na universalização do atendimento de água e esgoto, que estamos muito aquém. A empresa passa por uma situação complicada em termos financeiros e o objetivo é sanear e prestar um bom serviço”, frisou.

Ainda ontem, Herbert Buenos Aires e o presidente interino da Agespisa, Raimundo Trigo, se reuniram com uma comissão de servidores e membros do Sindicato dos Engenheiros (Senge) na sede da empresa. O presidente do Sindicato, Florentino Filho, destacou que as mudanças são apenas uma alternativa, mas que não deve ser descartada a possibilidade de manter a situação administrativa atual.

Segundo ele, é possível recuperar a empresa com uma gestão forte, técnica e sem influência política, focando em recuperação de contratos com a Caixa Econômica e em um forte controle de perdas de água. “Conversei com o governador Wellingon Dias semanas atrás e ele também garantiu que não havia definição [em transformar a empresa em autarquia]. Por conta desse desentendimento, solicitamos mais uma reunião com o governador. Propusemos a recuperação da empresa com esforço para mantê-la nas condições atuais, mas com uma gestão forte, técnica e sem influência política. Defendemos a recuperação dos contratos com a Caixa, um plano de controle de perdas de água, entre outras possibilidade de ganho da empresa”, afirmou Florentino.

Fonte: Jornal O Dia