Governo discute concessão da Etapa 2 do Distrito de Irrigação Tabuleiros do Piauí
O projeto de concessão da Etapa 2 do Distrito de Irrigação Tabuleiros do Piauí (DITALPI) à iniciativa privada foi tema de uma audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (30/01) na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). O evento contou com a participação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Governo do Estado do Piauí, através da Secretaria da Irrigação e Infraestrutura Hídrica do Piauí (SEFIR), na pessoa do secretário Firmino Paulo, responsável por mediar os trabalhos.
A audiência faz parte do processo de consulta pública que permanece aberta de forma virtual até o dia 23 de fevereiro. Durante esse período, continuam sendo debatidos os estudos econômico-financeiros, ambientais, jurídicos e de engenharia relacionados à implantação da Etapa 2 do DITALPI, empreendimento que em sua totalidade abrange os municípios de Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes e Parnaíba, no norte do estado.
O projeto prevê investimentos de R$ 853 milhões em infraestrutura e R$ 5,4 bilhões em operação e manutenção ao longo dos 35 anos de concessão. O coordenador geral de Parceria e Articulação Institucional do MIDR, Cristiano Egnaldo Zinato, representou o Governo Federal na audiência, assim como Bruno Batista Melin, secretário da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI) da Casa Civil, e deputado federal Florentino Neto (PT-PI) reforçando a prioridade do projeto para destacar a importância da iniciativa.
O presidente do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos, José Clarindo de Brito, conhecido como Bebeto, afirmou que a concessão representa um novo momento para a região, trazendo expectativas de desenvolvimento e crescimento econômico. Segundo ele, a audiência simboliza um passo significativo na estruturação do projeto.
Atualmente, a primeira etapa do Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos conta com 2.443 hectares, dos quais cerca de 2.000 hectares estão em produção. Os agricultores locais exportam frutas como acerola orgânica, caju, goiaba, coco verde, limão, manga e banana para mercados da Europa e América do Norte, além de comercializarem hortaliças para o mercado interno.