O ano de 2017 finda com conquistas importantes a se comemorar para a educação pública no Piauí. Dando continuidade ao trabalho de melhoria estrutural e combate à evasão escolar, o Governo do Estado, através de sua secretaria de Estado da Educação (Seduc), investiu cerca de R$ 10 milhões em reformas e ampliação de escolas, bem como aplicou R$ 14 milhões para o custeio de professores e funcionários.
Este investimento permitiu a construção de 30 novos Centros de Tempo Integral, ampliando para 69 o número de colégios de regime integral no nível médio, distribuídos em 34 municípios piauienses. A iniciativa para a Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral é regida pela portaria nº 727, de 13 de junho de 2017. Ao todo, cerca de 21 mil estudantes piauienses estão matriculados nesta modalidade de ensino.
Os investimentos em novas escolas não se restringem ao tempo integral. Desde o ano passado, 35 novas unidades escolares, no padrão estabelecido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao Ministério da Educação, foram construídas. Em 2017, com investimentos no valor de R$ 40.930.294,45, escolas foram construídas e ampliadas beneficiando 20 municípios.
Cidades como Santana do Piauí, Teresina, Lagoa do Piauí, Baixa Grande Do Ribeiro, Esperantina, Parnaíba, Picos, Elesbão Veloso, São João da Serra, Caldeirão Grande, Campo Maior, Lagoa de São Francisco, Assunção do Piauí, Luís Correia, Pau D’arco, Boa Hora, Nossa Senhora de Nazaré, Nova Santa Rita, Miguel Alves e Piracuruca são os municípios beneficiados com escolas no padrão FNDE neste ano.
O crescimento apresentado de 2015 até agora evidencia o compromisso do Governo do Estado em manter todos os índices educacionais sempre acima das metas estipuladas. Com mais de 350 mil alunos matriculados, a Seduc vem reduzindo os números de evasão escolar e analfabetismo com diversas ações. Nesse ponto, o Piauí tem avançado na correção de um problema histórico que atrasa o desenvolvimento do estado, o analfabetismo.
“A iniciativa da Seduc de melhorar a demanda por Educação de Jovens e Adultos é de importância crucial e se situa dentro do espírito que inspira várias estratégias do Plano Nacional de Educação. Destacamos o diagnóstico dos que tem Ensino Fundamental e Médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas e realizar chamadas públicas regulares para a EJA e, assim, promover a busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com organizações da sociedade civil”, explica a diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc, Conceição Andrade.
Mobieduca.me e a tecnologia a favor da frequência escolar
Utilizado pela Seduc no monitoramento da frequência escolar de alunos de 335 unidades da rede estadual, o programa Mobieduca.me é pioneiro nesta área. Criado no Piauí, o software foi escolhido entre 12 projetos finalistas do Prêmio Nacional E-Gov, iniciativa da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep) e pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
“Nas unidades escolares onde o programa foi implementado, houve a diminuição de 75% de evasão dos alunos. Em 2016, o programa foi ampliado para 335 escolas, contemplando cerca de 150 mil alunos”, explica a secretária estadual de educação, Rejane Dias.
Alguns fatores de sucesso do Mobieduca.me estão relacionados ao baixo custo de manutenção dos equipamentos e serviços; a utilização de infraestrutura existente na escola, sem necessidade de reformas ou adaptações e a utilização de recursos humanos existentes na escola, com necessidades de treinamento mínimo.
Poupança Jovem
Outra ferramenta de combate à evasão é o programa Poupança Jovem, no qual os estudantes recebem, durante o Ensino Médio, uma bolsa de 1.500 reais. “O Poupança Jovem causou uma mobilização e fez com que os estudantes se sentissem mais incentivados a concluir o ensino”, diz Rejane Dias. O programa é executado nas 44 cidades do Piauí com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Pelo programa, ao concluir o primeiro ano o estudante recebe R$ 400. As demais parcelas são de R$ 500 no segundo ano e R$ 600 no último ano do Ensino Médio. O estudante ou responsável tem o direito de retirar 40% de cada um dos dois primeiros depósitos efetuados. Somente a última parcela pode ser retirada integralmente junto com o saldo remanescente das anteriores e os rendimentos. Para receber cada pagamento, o aluno precisa ser aprovado ao final do ano.
Os recursos são disponibilizados por meio de empréstimo com o Banco Mundial e a operacionalização por convênio com o Banco do Brasil. No total, serão utilizados R$ 35,5 milhões para executar o programa entre os anos de 2015 e 2019.
Enem
Com 8 mil alunos aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016, a Seduc também tem demonstrado os resultados dos preparatórios para o Exame. Por meio do Pré-Enem, programa da Seduc, lançado em abril de 2016, foram realizadas ações que atenderam milhares de alunos de toda rede estadual.
A Seduc garantiu revisões na capital e no interior, além das aulas ministradas via Canal Educação, que chegaram aos municípios mais distantes. Os alunos da capital e do interior também tiveram acesso gratuito ao sistema de transporte coletivo para irem até seus locais de prova, por meio da campanha Passe Livre. Além disso, as Gerências Regionais de Educação mobilizaram equipes para recepcionar os alunos nos maiores pontos de aplicação de provas de todo o Estado. O objetivo era incentivar e tirar as últimas dúvidas sobre as aplicações das provas.
Fonte: CCom