Além do problema crônico da seca, greve prejudicará vida no campo no Piauí. Como se não bastasse a agropecuária do Brasil sofrer por conta da seca, para piorar a situação os trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (28/06). A posição veio após assembléias em todo o país na segunda (27/06). Os funcionários, entre pesquisadores, técnicos e funcionários de manutenção, irão promover paralisação por aumento real de salário de 10,51%.
Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), 23 das 37 unidades optaram pela greve, com média de adesão nas assembléias de 90%. Entre as seções que aprovaram a paralisação, estão as de Dourados, Campinas e Jaguariúna, Agroindústria de Alimentos, Caprinos, Embrapa Algodão, Gado de Leite, Cerrados, Recife, Aracaju, Amazonas, Amapá e Sete Lagoas.
Somente três seções votaram pela não paralisação até agora: Agro biologia, Bagé e Bento Gonçalves. Outras unidades, como a Soja e Florestas, irão realizar assembléias na terça. Com a paralisação, somente os serviços de manutenção operam em esquema emergencial.
Para o presidente do Sinpaf, Vicente Almeida a decisão “é exemplo de unidade e determinação da base da Embrapa na luta por seus direitos. Enquanto a empresa não acenar com um acordo satisfatório, radicalizaremos a cada dia o movimento”.
Outros pontos reivindicados são o aumento de vale-refeição e abono de férias, fim das demissões e punições arbitrárias, isonomia de direitos e garantia de representação previdenciária e implementação do controle eletrônico de ponto. Na última semana, os trabalhadores já haviam realizado greve de advertência por três dias pela falta de disposição da Embrapa em negociar.
Fonte: 180graus.com