Os professores do Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI) estão em greve há 48 dias. Dos 21 campi espalhados pelo estado, pelo menos 18 estão com as aulas parcial ou totalmente paralisadas. Os docentes cobram um reajuste salarial de 27,5% calculado com base das perdas salariais e na inflação.
Cerca de 23 mil estudantes são prejudicados com o movimento grevista dos docentes. De acordo com a professora Patrícia Andrade, a campus do Centro de Teresina funciona de forma precária e a situação se agravou com a redução do orçamento repassado à instituição. Os cortes feitos pelo Ministério da Educação devem reduzir em R$ 5 milhões os repasses anuais ao campus.
“Sem a verba essa situação tende a ficar mais precária. Isso tudo implica em condições de trabalho adversas e condições de estudos pioradas. Tem programas que as bolsas não foram pagas, bolsas que são necessárias inclusive para manter o estudante na escola”, falou a professora.
O pró-reitor de administração do IFPI, Paulo Borges, contestou as afirmações da docente e disse que tudo está funcionando normalmente do ponto de vista orçamentário. Ele admitiu problemas financeiros, mas negou que bolsas estejam em situação de atraso.
“Salários não estão atrasados e bolsas não estão atrasadas. Isso não se concretiza até o momento”, afirmou o pró-reitor.
De acordo com a pró-reitoria de ensino do IFPI, quando os docentes voltarem ao trabalho o calendário será revisto e as aulas serão reorganizadas de acordo com a quantidade de dias paralisados em cada campus.
Fonte: G1/PI