O Tribunal de Justiça do Piauí declarou nesta quinta-feira (11) a ilegalidade da greve deflagrada pelos enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem do Piauí, independentemente de deliberação em assembleia da categoria. Sindicado dos enfermeiros afirmou ainda não foi notificado e que vai irá recorrer.

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Enfermeiros fazem manifestação em frente ao Palácio de Karnak (Foto: Catarina Costa/G1)

Segundo a decisão, o fato de o movimento grevista provocar o adiamento de cirurgias e pôr em risco a saúde e a vida da população que depende dos serviços públicos justifica a intervenção do poder Judiciário com a finalidade de restabelecer a ordem e a saúde pública.

“De fato, o elevado número de ocorrências durante o carnaval e o consequente aumento de consultas, exames e cirurgias no período posterior as festas carnavalescas evidencia que a paralisação trará prejuízos àqueles que dependem dos serviços públicos de saúde, expondo a população à grave risco de vida”, relata trecho da decisão.

O documento determina, ainda, a imediata suspensão do movimento e o retorno dos servidores aos postos de serviço, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil. De acordo com o sindicado dos enfermeiros, a categoria ainda não foi notificada e assim que isso acontecer, a classe irá recorrer e que a greve continua.

Início da greve

A greve dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em Teresina está completando uma semana e, com a paralisação, cirurgias foram desmarcadas em hospitais da rede estadual da capital e interior do Piauí. No Hospital Getúlio Vargas, mais de dez cirurgias foram desmarcadas.

Segundo informações do vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado do Piauí, Wendel Marcos Alves, a greve iniciou no dia 6 de fevereiro e, de acordo com o sindicato, dos 15 mil profissionais apenas 30% estão em atividade.

Os profissionais estão parados nas cidades de Campo Maior, Piripiri, Parnaíba, Picos, Bom Jesus. Em Floriano, os grevistas se reuniram na porta do hospital Tibério Nunes para reivindicar.

Fonte: G1/PI