02

Alunos aprovados no Sisu passam horas para serem atendidos na unidade. Servidores reivindicam reajuste salarial que estava previsto para novembro.

As matrículas dos alunos aprovados no Sisu, o Sistema de Seleção Unificada, que garantiram uma vaga para a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), estão sendo prejudicadas por conta da greve dos técnicos da unidade de ensino. Desde novembro sem receber o reajuste salarial garantido em lei e já publicados no Diário Oficial do Estado, os servidores ainda aguardam uma resposta do governo sobre o problema.

O prazo para que os alunos assinem uma lista de espera para conseguir uma vaga se encerra nesta quarta-feira (17), e os técnicos garantem que não se responsabilizam por aqueles que não consigam uma vaga. O estudante Pedro Paulo Gomes foi um dos que passaram mais de duas horas para serem atendidos na instituição e garantir um espaço na lista.

Já estudantes que sonharam com o ensino superior, como o estudante Nalberte Gomes, que passou para engenharia civil na Uespi, vão ter que esperar mais um pouco para o início das aulas. Ele teme que o período letivo seja prejudicado.

“O período vai começar muito tarde, as aulas vão ser mais rápidas, os professores vão dar conteúdos em pouco tempo, e para acompanhar vai ser um pouco complicado para os estudantes. O período em geral dura uns quatro meses e talvez seja feito em menos de três, e vai ser muito puxado”, contou.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi (Sintuespi), Lêda Simone, a categoria reivindica o plano de carreiras que já foi aprovado por lei e garante um reajuste salarial para os servidores promovidos.

O pagamento, segundo ela, deveria ter começado a ser feito em novembro, assim que a lista dos servidores foi divulgada no Diário Oficial, mas até a presente data a lei não vem sendo cumprida. Em resposta à categoria, a presidente contou que a Secretaria de Administração disse que só poderá pagar em junho, depois que o problema passar pela secretaria de administração.

“A nossa lei já garante uma comissão de avaliação para os técnicos que vão sendo promovidos, os que estão em estado probatório. Então se a lei garante isso, não há necessidade de passar pela secretaria de administração, porque nós somos um caso à parte, único, diferente. Os técnicos foram promovidos, foi publicado no Diário oficial em novembro, que já garantia o pagamento, mas até agora não entrou no contracheque”, contou.

Resposta
Em nota, a administração da Uespi informou que, por não ter autonomia financeira, o impasse deve ser resolvido entre o governo e o comando de greve. O início das aulas está previsto para o dia 14 de março, e a unidade de ensino disse que até lá espera que o problema já tenha sido sanado.

A Secretaria de Administração (Seadm) não deu respostas até a publicação da reportagem.

Fonte: G1