A retomada das negociações foi defendida pelos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) que criticaram a concessão de mais de R$ 20 bilhões em incentivos fiscais às montadoras de automóveis, bem como encerramento unilateralmente das negociações.
O senador Cássio Cunha Lima defendeu que os representantes dos professores “não aceitem o argumento de um prazo fatal” – caracterizado pelo dia 31 de agosto, onde a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será enviada ao Congresso Nacional – pois, como completou, “quando o governo quer manda e desmanda nesse Congresso”.
Representando o governo, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins, disse que todos os docentes sairão da greve “de cabeça erguida”, uma vez que “ninguém na Esplanada” obteve os mesmos ganhos dos professores, em referência a outras categorias de funcionários públicos que entraram em greve.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), Mário Ângelo, a posição dos parlamentares demonstra uma grande possibilidade das negociações serem restabelecidas.
“Estamos na expectativa de que os senadores pressionem o governo pela reabertura do diálogo com a categoria docente. Assembleias promovidas pelos sindicatos estaduais rejeitaram a proposta apresentada pelo governo. Elaboramos uma contraproposta que sequer foi avaliada, onde abrimos mão do reajuste salarial e priorizamos a reestruturação da carreira”, afirmou.
Amanhã, o Comando Local de Greve-UFPI visitará os Centros e Departamentos da universidade com o intuito de mobilizar os docentes que não aderiram à greve para que possam participar da paralisação, fortalecendo, assim, o movimento.
Na sexta-feira (31), às 16h, na entrada da universidade, uma nova assembleia será realizada pela categoria onde serão traçados os encaminhamentos da greve na conjuntura atual.
Fonte: Agência Senado e ADUFPI