Grupo passou a manhã em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí (Foto: Gustavo Almeida/G1)
Grupo passou a manhã em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí (Foto: Gustavo Almeida/G1)

Um grupo de professores e servidores técnicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou na manhã desta segunda-feira (17) um ato em frente à reitoria da instituição. Em greve, eles foram pressionar pela suspensão do calendário acadêmico no momento em que ocorria a reunião do Conselho Universitário, mas a administração superior da instituição decidiu por manter o planejamento do segundo semestre.

De acordo com o diretor de relações sindicais da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), Alexis Leite Bezerra, a ida até a frente da reitoria foi uma forma de mostrar que a categoria está atenta às discussões e de cobrar a suspensão das atividades acadêmicas na instituição.

“Viemos aqui para mostrar que estamos atentos. Eles não querem suspender o calendário acadêmico por causa da pós-graduação, mas ela também está sendo prejudicada com os cortes que vem sendo feitos na educação. Até agora os avanços nas negociações foram muito diminutos”, falou.

Os professores cobram reposição salarial de 27,3%, a fixação de uma data-base para o mês de maio, a contratação de mais docentes e uma série de outras reivindicações. Ainda de acordo com Alexis Leite, mesmo que o Orçamento da União seja aprovado sem incluir as reivindicações da categoria isso não significa que a greve vai ter fim.

“O governo vai tentar empurrar até a aprovação do orçamento da União, mas se ele for aprovado sem contemplar as nossas reivindicações não quer dizer que os professores voltem. Se isso ocorrer, a categoria vai se reunir e discutir. Tudo depende de uma série de entendimentos”, afirmou.

Em greve há uma semana, os professores têm até mesmo o apoio de alguns estudantes da universidade. Mesmo sem poder assistir aula devido ao movimento grevista, o acadêmico de medicina Hudson Valente, 23 anos, também foi até a frente da reitoria apoiar o pedido de suspensão do calendário.

“Eu apoio a suspensão porque a maioria está em greve e mesmo assim alguns insistem em dar aula e fica uma situação complicada. Diante disso eu apoio, porque com a suspensão os estudantes ficam protegidos de não serem penalizados com faltas no período da greve. Além disso, é uma oportunidade de cobrarmos pautas estudantis”, disse.

Fonte: G1