Herbário da UFDPar é fundamental na construção de conhecimentos sobre diversidade vegetal
A biodiversidade vegetal é uma riqueza inestimável. No litoral do Piauí a catalogação das diversas espécies é realizada pelo Herbário H Delta, um local destinado à coleção de amostras secas e especificadas. Este herbário é o segundo maior do Estado e pertence à Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). “O herbário é onde fica armazenada a prova de que aquela espécie, aquela planta existe, diversas áreas se utilizam das informações. É utilizado por pesquisadores, estudiosos, há um intercâmbio com outros herbários”, esclareceu a doutora Ivanilza Andrade que é taxonomista e curadora do Herbário.
O Herbário Delta é composto por amostras de espécimes de Plantas, Fungos, Algas e outros; portanto, uma coleção dinâmica de plantas secas e prensadas fixadas em cartolina e armazenadas através de classificação para estudos diversos e até mesmo apreciação. As pessoas podem inclusive contribuir com espécimes ainda não catalogados. “Eles são coletados de um a cinco ramos, esses ramos devem estar para haver uma identificação de exemplares”, reforçou a doutora Irlaine Vieira, bióloga responsável pelo Herbário H Delta.
O Herbário Delta do Parnaíba é muito importante para o país devido às informações e possibilidades de pesquisa. Inclusive Parnaíba e nossa região tem seu aspecto próprio do clima com reflexos na vegetação. “Nós temos aqui como principal a vegetação de restinga que vai da catinga ao serrado e também espécies de mangues”, informou Ivanilza Andrade.
A diversidade da nossa flora é um recurso natural que deve ser preservado, estudado; pois dentro de um herbário como este, muito avanço pode ser assegurado por conta das pesquisas. As informações contidas neste herbário são extremamente importantes, frente ao conhecimento da biodiversidade local, sendo possível em laborioso identificar propriedades diversas para, inclusive, constituição de fármacos e medicamentos específicos. “Pegamos estes vegetais e vamos fazer testes para conseguir resultados e futuramente fazer testes biológicos e daí propor uma rota de investigação para finalmente saber o que planta vai nos dar cientificamente”, comentou Darlan Alves, doutorando em Biotecnologia.