Homenagem ao cantor Pituca: ícone da cultura parnaibana

Que nota é essa
que vais buscar tão longe?
Seria jazz encrustado de África,
um canto banto transmutado
em banzo?

Eu que o diga: dias
de fio a pavio, quase assobio,
outros que seguiram a tantos
que nem conto, e o canto
quase por encanto, pronto.

Hoje, cordas: aço, nylon
vocais roucas e a cibernética base.
Mas foram baquetas, pratos, chimbal,
black power à viva voz do baterista
na dança dos casais.

Nas manhas de sábado, nas lojas
filetes de canções eternas
embalam promoções,
nos fazem  lembrar por um triz:
ser feliz não é o que se diz.

Um justo acorde da história
reconheceria a voz, que viu nascer
e morrer tantos sonhos de amor.
Parece que foi ontem!

 

Por José Galas