O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) divulgou, nesta terça-feira (7), um novo levantamento do número de assassinatos ocorridos nos municípios do Piauí, com exceção da capital.
De acordo com a entidade, nos seis primeiros meses de 2015 houve um crescimento no número de homicídios, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o Sinpolpi, os dados mostram que o Governo está priorizando apenas a capital no item segurança, e esquecendo os demais municípios do interior e do litoral. “Um dos exemplos é a Força Nacional de Segurança, que foi uma das primeiras medidas solicitadas pelo governador do Piauí, Wellington Dias, para combater a violência, mas que não saiu dos limites de Teresina”, aponta o sindicato, por meio de nota veiculada na tarde desta terça-feira.
Segundo a pesquisa do Sinpolpi, nos seis primeiros meses de 2014 foram registrados 115 homicídios dolosos no interior e litoral. Já em 2015, até o último dia de junho, este número subiu para 125 assassinatos. Em termos percentuais, houve um aumento 8% no número de mortes.
Já com relação aos dados de Teresina, a pesquisa mostra uma queda substancial no total de assassinatos. No ano passado foram registrados 198 homicídios dolosos nos seis primeiros meses. Neste ano, no mesmo período, o Sinpolpi contabilizou 157 crimes, o que corresponde a uma redução de 20% na quantidade de assassinatos.
O número, porém, diverge do divulgado na semana passada pela Secretaria de Segurança Pública, que contabilizou 154 mortes no primeiro semestre deste ano – três a menos que o dado do Sinpolpi.
No total geral incluindo a capital e os demais municípios, o sindicato também registrou uma queda no número de crimes. Enquanto em 2014 aconteceram 313 assassinatos no primeiro semestre, neste ano foram registrados 282 delitos.
Mas estes dados também divergiram dos divulgados pela Secretaria de Segurança, que registrou 295 homicídios dolosos no primeiro semestre do ano passado, e 273 assassinatos no primeiro semestre deste ano.
Para o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, o total de delitos contra a vida poderia ter caído também nas demais cidades do Estado se o Governo não tivesse priorizado apenas a capital, que apesar do reforço da Força Nacional, ainda carece de mais policiais civis nas delegacias.
“Mas se a situação em Teresina é grave, nos demais municípios chega a ser caótica. A maioria das cidades do Estado têm no máximo um policial civil trabalhando. Em muitos locais as delegacias de Polícia, quando funcionam, são como repartições comuns, que fecham no horário do almoço e no início da noite por falta de contingente”, pondera Constantino.
Segundo o sindicalista, somente com investimentos em infra estrutura e pessoal o Piauí poderá se livrar de vez da onda de violência que tem assombrado a população.
Fonte: Portal O Dia