Procuro comentar, ou até mesmo avaliar e julgar, alguns fatos ou atos que me ocorrem no dia-a-dia. È nessa convivência diária que muita vez me inspiro ou me interesso por certos temas ou problemas.

           Nesta crônica irei tentar interpretar o que pode ser a IMPACIÊNCIA e A PRESSA, termos que foram usados por uma cidadã, em relação a um amigo já encanecido pelos anos..

            A distinta senhora dizia: “ você tem muito valor, é inteligente, mas é impaciente e apressado. Naturalmente a senhora não teve o cuidado de, primeiro, avaliar a impaciência e a pressa daquela pessoa com quem conversava.

            Pois ta certo! Lógico que para cuidar desses temas a gente tem de refletir e chegar, inicialmente, à verdade de que poucas pessoas não se impacientam, diante de tanta confusão: no trânsito, em casa, no trabalho, na rua, nas escolas, diante de tamanha pressão social e econômica, de horríveis níveis de insegurança e intranqüilidade, poucas pessoas não se estressam, fenômeno-doença que está na moda.

            De outro lado, a pressa é produto da correria do mundo atual. Quem nãpo se apressa perde o trem, o ônibus, a missa, o almoço, a aula e o encontro Quem nãose apressa tropeça na agitação da vida. .

            Vamos, por etapas. ”a paciência, em muitos casos não é mais do que medo, preguiça ou impotência” na imaginação sempre bem humorada do Marquês de Marica. Poderia dizer que a paciência pode ser a simulação de um estado de desinteresse, cansaço, inércia ou desamor.

            Paciência, para Leon Tolstoi, nada mais é do que uma “forma de desespero mascarada de virtudes”.

            Mirtes avaliou que “a paciência e a impaciência, essas duas virtudes são necessárias para o equilíbrio do ambiente de trabalho”

            Como as pessoas se tornam impacientes sem saber!… O idoso, por exemplo, nem sabe, muita vez, que a sua impaciência e a sua irritação significam nada mais do que os maus-tratos, a solidão de que são vítimas. Nem eles, nem os parentes procuram saber a razão de tudo.

              A paciência é a quinta das sete virtudes, na ordem crescente de santidade.

            Aliás, as sete virtudes são derivadas do poema épico Psychomachia, escrito por Prudêncio, intitulando a batalha das boas virtudes e vícios malignos. A sua prática protege a pessoa contra as tentações dos Sete Pecados Capitais.    (Wikipedia.index. sete-virtudes)

            Pois amigos que trataram da paciência e da pressa, tenham paciência, antes de exigir dos outros.

Por Anchieta Mendes