Na tarde de ontem, segunda-feira (04), um incêndio de grandes proporções foi registrado em área de mata no residencial Jardim Atlântico, em Parnaíba. No conjunto, mal dava para trafegar pelas ruas, devido à baixa visibilidade. A coluna de fumaça, que podia ser vista de vários pontos da cidade, chamou a atenção dos moradores e causou preocupação nas autoridades.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio iniciou por volta das 13  horas. Em vários pontos da cidade era possível ver a intensa nuvem de fumaça. 

Apesar da fumaça densa que tomava conta do ar, pedreiros de uma construção civil próxima mantinham o trabalho normalmente. O clínico Dr. Jales destacou que essas pessoas correram grande risco ao inalarem a fumaça tóxica proveniente da queima de vegetação e resíduos. 

Geralmente, o que é mais afetado é o trato respiratório. Geralmente o nariz. Crise de rinite, e sinusite; ou no pulmão, crises de asmas, crise de bronquite, principalmente em crianças e idosos, que são a população mais vulnerável […] Tem aquele contato da fumaça distante, que às vezes vai prejudicar e ter essa crise, e vai ter aquele contato direto, daquela pessoa que está mesmo do lado do incêndio, que pode gerar uma intoxicação e até mesmo a morte”, disse. 

O 2º Tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Parnaíba, Edivan Conrado, explicou que a equipe levou cerca de 5 horas para conter as chamas. 

Acredita-se que o incêndio possa ter sido causado por uma tentativa de queima controlada de lixo que saiu do controle. A prática de queimar resíduos ainda é comum em algumas regiões, especialmente em áreas de mata próximas a loteamentos, mas com o clima seco e os ventos fortes, qualquer chama pode rapidamente se espalhar. 

“Através de estudos, comprovadamente, temos aí uma proporção de mais de 70% de incêndios por fatores humanos. Ou seja, o cidadão começa a fazer uma limpeza de um terreno, aqui em nosso litoral sabemos que o nosso comburente é intenso, através do vento que é intenso, e ele termina perdendo o controle, e termina se expandindo com rapidez”. explicou Edivan Conrado.