O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, afirmou nesta quinta-feira (12) que o governo federal vai divulgar os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na segunda quinzena de agosto. “Nós ainda estamos contabilizando. Os resultados individuais da proficiência foram divulgados para cada escola, para que eles tivessem o direito de apresentar recursos”, disse ele durante evento em Campinas (SP).
Segundo Silva, o cálculo do Ideb só será feito depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliar e responder a mais de mil recursos interpostos pelas escolas.
“Muitas vezes a escola fala de fatores que possam ter influenciado no resultado. A escola pode informar, por exemplo, que o resultado pode ter tido algum desvio porque faltou energia, faltou aluno. Tem escola por exemplo que tem menos alunos participando. São várias possibilidades. Mas é um procedimento padrão, sempre existiu”, afirmou o ministro.
O Ideb foi criado em 2005, depois que a Prova Brasil passou a ser censitária para o ensino fundamental, ou seja, aplicada em todas as escolas do país. Entre 2005 e 2015, o número de escolas que já conseguiram atingir esse patamar mínimo de qualidade cresceu 66 vezes.
Em 2005 foram 116, em 2015, 11.112, de acordo com um estudo do Iede (Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) obtido pelo G1. Mas outras 27.349 ainda precisam alcançar esse índice. A última edição da Prova Brasil terminou de ser aplicada neste mês, e os resultados serão divulgados somente no segundo semestre de 2018.
O que é o Ideb?
É um indicador geral da educação nas redes privada e pública, uma espécie de nota. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho em português e matemática na Prova Brasil, aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio. O Ideb é divulgado a cada dois anos em âmbito nacional, mas também para cada escola, rede, município e estado.
Fonte: G1