Antes da crise, a indústria operava com 90% a 95% da capacidade. Demissões já somam de 30% a 40% dos funcionários
Antes da crise, a indústria operava com 90% a 95% da capacidade. Demissões já somam de 30% a 40% dos funcionários

O presidente da Associação das Indústrias do Piauí (AIP), Joaquim Costa, acredita que o ano de 2016 será perdido para o setor no Piauí, assim como foi em 2015. O motivo é o desempenho negativo da indústria, que está sem mercado e com os estoques elevados.

Segundo Joaquim Costa, o setor trabalha em média com 50% da capacidade e já demitiu de 30% a 40% dos seus empregados. Antes da crise, a indústria operava com 90% a 95% da capacidade. “As indústrias estão desertas. Sem mercado, não temos como produzir. Não temos nada a comemorar. Só lamentar a situação”, afirma o presidente.

Segundo Joaquim Costa, a mais prejudicada com a crise foi da construção civil. “Por 10 anos consecutivos, o setor trabalhou com 100% da capacidade e agora está abaixo dos 50%. Vamos continuar a demitir. No Brasil, já são 11 milhões de desempregados”, disse.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de janeiro a março deste ano, a taxa de desemprego no Piauí chegou a 9,6% (139 mil pessoas), uma alta de 2,4 pontos percentuais em relação ao 4º trimestre do ano passado (referente aos meses de outubro, novembro e dezembro), que era de 7,2%.

A indústria geral foi o setor que mais desempregou trabalhadores, com queda de 16,5 pontos, relacionando o primeiro trimestre deste ano com o 4º trimestre do ano passado.

Fonte: Jornal O Dia