O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira, informou que pretende zerar os pedidos de benefícios em análise pelo órgão até o fim do ano. Cerca 1,3 milhões de processos aguardam para ser analisados, de acordo com o instituto, depois de já terem ultrapassado o prazo regular de 45 dias.

 

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Vieira afirmou que isso será feito por meio de um conjunto de medidas que integrarão a Estratégia Nacional de Atendimento Tempestivo, que deve ser regulamentada esta semana por meio de uma portaria. Entre as ações para zerar o estoque de benefícios em análise, estariam as medidas publicadas por meio de um decreto no último dia 26, que criam uma fila única para análise dos processos, além de um regime de trabalho por produtividade, em vez de frequência.

 

Na ocasião, o presidente do INSS explicou ao EXTRA que pretendia praticamente dobrar o número de servidores dedicados exclusivamente à concessão de benefícios, passando de cerca de 3.400 para 6 mil neste mês. O decreto cria cinco centrais de análise de benefício, divididas por regiões do país, em que o funcionário público acessará pedidos de outras cidades e estados. Atualmente, cada servidor é responsável pela sua agência de lotação.

 

O decreto cria ainda, a título de experiência-piloto, um programa que vai dispensar o controle de frequência dos servidores que baterem a meta de 90 benefícios analisados.

 

— Hoje, os servidores trabalham com horário. O INSS faz controle de jornada, não de produtividade. Só que o controle por jornada não é eficaz. Todos os servidores que passarem a trabalhar na central vão poder fazer opção de trabalho por produtividade. Se cumprirem a meta de 90 trabalhos analisados por mês, estarão dispensados do controle de horário — explicou o presidente do INSS.

 

Segundo ele, a adesão será facultativa e os servidores que trabalham com atendimento continuarão tendo que cumprir a jornada diária. Paralelamente a isso, os servidores também terão direito ao bônus por produtividade que foi criado para o pente-fino, no valor de R$ 57,50.

 

Fonte: Extra