Foto: Laila Costa (DF)

O Congresso Nacional fez uma Sessão Solene hoje em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Na ocasião, as cinco agraciadas com o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz de 2014, receberam o prêmio na sessão que ocorreu no plenário do Senado Federal.

O Diploma Bertha Lutz, criado em 2001 pelo Senado, tem por objetivo homenagear as mulheres por meio de reconhecimento do protagonismo das premiadas na luta pela transformação social e igualdade de gênero.

Em seu discurso na Sessão Solene, a deputada federal Iracema Portella (PP-PI) destacou que o dia 8 de março é a principal referência do calendário feminista em todo o mundo. Durante este mês de março, o Congresso Nacional realizou eventos que não só homenagearam as brasileiras, mas, também, provocaram reflexões acerca da participação da mulher no desenvolvimento do nosso País.

“Nossa intenção é que a agenda das lutas femininas ressoe durante todo o ano, não apenas no mês de março. E, ainda mais: o idealismo me permite nutrir a expectativa de que, daqui a alguns anos, o dia 8 de março seja uma data para festejarmos a plena igualdade de gêneros”, disse.

Iracema destacou que, apesar da grande importância do papel feminino, ainda existem grandes desafios, entre eles o trabalho de conscientização feminina para maior participação na política.

“Uma das campanhas que abraçamos – Mais Mulheres no Poder – é muito clara: a política precisa de mais mulheres. Na prática, isso significa humanizar mais as ações públicas, pois, na mulher, força e ousadia caminham ao lado da sensibilidade e da ternura. Essas características femininas são determinantes para que as políticas públicas se tornem cada vez mais inclusivas”, defendeu a deputada piauiense.

Iracema não deixou de destacar sobre o fim da violência contra a mulher. A parlamentar relatou  também que existe a favor da mulher, a Lei Maria da Penha, uma das melhores legislações do mundo no que se refere à proteção e à prevenção à violência contra a mulher.

De acordo com dados do Banco Mundial, as mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de serem vítimas de câncer, sofrerem acidentes de carro, viverem os horrores da guerra ou serem infectadas por malária.

“A nossa luta é pelo cumprimento integral dessa lei. Além disso, o Estado deve se estruturar com mais eficiência para atender as vítimas, especialmente no interior do nosso país, com meios adequados de acolhimento e acompanhamento. As mulheres que sofrem agressões, sejam físicas ou psicológicas, devem confiar no amparo do poder público, para que possam denunciar os agressores e, assim, romper o ciclo de violência e de medo que assombram inúmeras famílias brasileiras”, falou.

A parlamentar piauiense finalizou afirmando que a denúncia é a principal arma contra os abusos físicos e psicológica é, sem dúvida, a melhor arma para combater os frequentes casos de violência doméstica que envolve as brasileiras.

“Parabenizo todas as mulheres que recebem hoje o prêmio que leva o nome da grande mulher Bertha Lutz. São exemplos que nos inspiram e fortalecem a nossa vontade de lutar e defender os direitos femininos.

E estendo esta homenagem a todas as brasileiras, ao citar a inesquecível poetisa Cora Coralina: “Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. Parabéns a todas”, concluiu Iracema Portella.

Fonte: Assessoria de Imprensa