Fachada Boate Kiss Foto: Divulgação

A Justiça rejeitou nesta quarta-feira (6) o pedido de relaxamento das prisões temporárias dos sócios da boate Kiss, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, e do produtor da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão. Os advogados das partes fizeram a solicitação, que já havia tido manifestação contrária no Ministério Público.

Os três citados, mais o vocalista Marcelo dos Santos, são investigados pelo incêndio que causou 238 mortes em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na madrugada de 27 de janeiro.

Os quatro investigados cumprem a prisão temporária de 30 dias no Presídio Estadual de Santa Maria. Kiko, que estava internado em Cruz Alta sob custódia, foi encaminhado ao local na noite de terça-feira (5). Ele se recuperava de complicações no pulmão, por ter inalado a fumaça gerada pelo fogo que atingiu a boate.

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 237 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:

– O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
– Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
– A banda comprou um sinalizador proibido.
– O extintor de incêndio não funcionou.
– Havia mais público do que a capacidade.
– A boate tinha apenas um acesso para a rua.
– O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
– Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
– 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
– Equipamentos de gravação estavam no conserto.

Fonte: G1