No tratamento de doenças, o diagnóstico rápido é fundamental para o sucesso das intervenções curativas. Nesse contexto, o Piauí deu um salto importante, com Laboratório Central do Estado (Lacen), passou a fazer o teste PCR (proteína C reativa) para detectar o vírus zika.
Responsável por realizar diversos exames disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, o Lacen vem realizando este exame em bebês com suspeita de microcefalia por infecção pelo zika, levando apenas cinco dias entre a coleta do material e o resultado. Procedimento que até mês passado levava até 50 dias para ser fechado.
“O processo de envio das amostras de sangue dos bebês, colhidas nas unidades da capital e interior, para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, único laboratório público do Brasil que realizava esse exame, demorava um tempo em que hoje, nesse mesmo tempo os pacientes já estão é fazendo o tratamento de estimulação precoce”, explica Walterlene Carvalho, diretora do Lacen.
Além dos bebês, as gestantes com sintomas de Zika, também têm acesso ao teste. Em cerca de um mês de realização do PCR para a doença, foram realizados mais cem exames.
De acordo com a diretora técnica do Lacen, Gildevane Nascimento, o Laboratório recebeu 500 kits de exames e até o final de abril o Ministério da Saúde vai dispor mais mil kits para o Estado. “Dessa forma, continuaremos a diagnosticar recém-nascidos e gestantes com maior rapidez, encaminhando-os em curto tempo para as intervenções necessárias no Centro de Referência Estadual para Microcefalia e diminuir os danos causados pelo vírus”, disse.
Investimentos
Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa do governo federal é disponibilizar R$ 649 milhões para investimentos em diagnóstico, controle vetorial, pesquisas, vacinas, tratamentos e ações de combate ao mosquito e às doenças relacionadas ao vírus Zika.
Além do Ministério da Saúde, também estão previstos recursos dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Haverá ainda mais R$ 550 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias.
Fonte: Meio Norte